Boa noite. O Fecho de hoje incluí uma crónica da autoria de Nuno Azinheira, retirada do Diário de Notícias.
Os pesos pesados
1. Quem esperava algo de completamente diferente na manhã da SIC, enganou-se. Os temas são os mesmos, o cenário é diferente, mas não é um ovo de colombo, o público é o mesmo, embora não seja constituído por figurantes, as palmas e a alegria são contagiantes, como sempre neste tipo de programas. O que mudou, então? Há Júlia, esse globetrotter da televisão, estridente e histriónica como só ela sabe, mas verdadeiramente eficaz. Não tenho dúvidas que as manhãs da SIC estão a mudar e vão mudar. Não duvido que Querida Júlia vai acabar por triunfar. Não sei se já hoje (atenção às leituras apressadas dos resultados ao dia de ontem, da estreia), se apenas daqui a dois meses, que a televisão é uma corrida de longo curso. Mas Júlia Pinheiro, mais o porco Afia Lápis, mais a vaca Concha, mais as chouriças e os rebolanços no chão vão fazer mossa na concorrência. Ela é irritante, dizem muitos. É, confirmo. Irritantemente competente.
2. Em Portugal, contam-se pelos dedos de uma mão os profissionais televisivos que levam público consigo quando mudam de canal. Júlia Pinheiro é indiscutivelmente um desses casos. Judite Sousa é outro. A jornalista, que acaba de trocar a a RTP, onde estava há 30 anos, pela TVI, já se sabe, vai dar a cara por um programa de informação, que terá, seguramente, entrevista, a área onde se especializou na última década. Ao que me dizem, a Grande Entrevista vai continuar na RTP1. É um marca forte da informação do canal público, mas quem, como eu, gosta de Judite Sousa e da forma assertiva, ponderada e conhecedora como conduz entrevistas, vai seguir- -lhe o rasto onde quer que ela esteja. Ou seja, a TVI ganhará espectadores novos, que nunca a tinham visto.
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