21 de setembro de 2009

Frente a Frente

O Frente a Frente inicia-se hoje no Televisão-Opinião, com uma "disputa" entre a "Vida Nova" e "Tardes da Júlia". No meio surgirá ainda o programa de João Baião e Tânia Ribas de Oliveira "Portugal no Coração". Antes de iniciar esta rubrica, convém explicar o que nela vai encontrar. Eu (Diogo) e o Tiago, iremos falar de dois programas. No final, cabe a si responder quem ganhou a "batalha".



No ar há cerca de ano e meio, "As Tardes da Júlia"
passou a ser o líder do horário entre as 14:00 e as 17:00 da televisão portuguesa. Ultrapassou "Portugal no Coração" e destronou "Contact
o". Pode mesmo dizer-se que o programa de Júlia Pinheiro foi o grande causador do fim do de Nuno Graciano e Rita Ferro Rodrigues. Analisando o conteúdo de "As Tardes da Júlia", sinceramente não aprecio. Já acompanhei algumas vezes, mas os temas não me interessam muito. Para além disso, aquele estúdio onde a cor rosa predomina ofusca-me os olhos. Sim, o programa é direccionado para as mulheres, mas há que ter em atenção que há público masculino em casa. Acho que este tipo de programas até fazem companhia, mas grande parte dos temas, especialmente os da SIC, deixam muito a desejar. Doenças e desgraças. Apesar de apenas a mim me incumbir de falar de "As Tardes da Júlia", não posso deixar de ter em conta a piada de Joaquim Monchique no "Portugal no Coração" numa representação humorística. O actor, que interpretava uma velhota que tinha muitas doenças, referiu qualquer coisa do género para João Baião:"Eu tenho tantas doenças, que poderia ocupar os programas todos da Fátinha". A par disto, não posso deixar de parte alguns aspectos positivos do programa das tardes da TVI. Júlia Pinheiro é um animal em televisão. Não sou o seu fã número 1, mas até lhe acho piada. Por outro lado, considero que a ida de pessoas "conhecidas" ao programa lhe dá um certo animo, um maior andamento. A mim, capta-me mais a atenção. De referir ainda o "Cara e Coroa", que é para mim a parte do programa que não perco. Por o menos, por volta das 16:45, normalmente estou sintonizado para ver se sai ou não o prémio final. À parte disto, tenho a apontar que uma dupla dá uma maior dinâmica a este tipo de programas. No meu ver, João Baião e Tânia Ribas de Oliveira são das melhores. Animação e espontaneidade são difíceis de encontrar noutro talk-show. A minha escolha entre as 14:00 e as 17:00? Não sei. Depende do que se trata no programa. Mas normalmente se estiver a ver televisão, fico-me pelo zapping.



Aquela que durante anos liderou as manhãs, regressou esta semana à “posição inicial”. Trouxe uma “vida nova” às tardes de Carnaxide. Desde a sua saída do ecrã, para gozar a licença de maternidade, que sempre se especulou que quando regressasse à televisão ocuparia as tardes da estação. Em entrevistas recentes, afirmou que preferia que o programa não tivesse o seu nome. Creio que é essa uma das grandes diferenças entre “Fátima” e “Vida Nova”.
A apresentadora já não tem a “responsabilidade” de dar o nome ao programa. Nota-se que existe aquele brilho nos olhos, a lágrima sempre pronta a cair, e demonstra motivação e vontade em ajudar a SIC. O programa, na minha opinião, está bastante bem conseguido, não tem as cores berrantes de “As Tardes da Júlia”, nem faz das histórias que reproduz “um drama”. Contorna a situação e dá-lhes uma visão positiva, “há vidas que vale a pena conhecer”.
Contudo, Fátima Lopes ainda está um pouco atrás de Júlia Pinheiro. A cara da TVI, tem algo que é inegável, uma capacidade imensa de reagir espontaneamente a qualquer situação de humor, algo que em Fátima Lopes não se nota tão bem. É isso que distingue os dois programas, o da TVI é mais ao género “popular” e o da SIC é mais centrado na história que foca, o público intervém um pouco menos. Mas “Vida Nova” tem outras coisas positivas, os convidados possuem histórias tocantes que são levadas bem ao coração dos portugueses.
O programa tem crescido de dia para dia e torna-se cada vez mais numa forte ameaça à liderança de “As Tardes da Júlia”. Nas asas de um sonho tudo é possível”, será possível destronar o concorrente da TVI?
Eu voto “Vida Nova”.

Fecho


Boa noite. O Fecho de hoje é temporário, uma vez que às 21:00 estreia o novo espaço de opinião do Televisão-Opinião. Gostaríamos de contar com o seu comentário. Uma vez que os textos são longos, salientámos algumas frases. Será colocada em linha uma enquete com o intuito de concluir qual de nós (eu - Diogo - ou o Tiago), venceu a "batalha". Agradecíamos que não votasse apenas por gostar do programa, mas sim tendo por base a opinião que demonstrámos. Já sabe, Frente a Frente às 21:00!

Fica aqui uma crónica da autoria de Joel Neto, retirada do Diário de Notícias:

Notícias do paraíso

Mudam os governos, mudam as administrações, muda a actualidade, os críticos passam a defensores e os defensores a críticos. Na RTP, ao fim de quatro anos, muda (ou pode mudar) tudo. Menos uma coisa: as suspeitas de que a estação faz favores aos titulares do regime. Esteja no poder o PS ou o PSD, a insinuação volta sempre: a RTP defende o Governo.

Mas nunca, naturalmente, é o Conselho de Redacção a sugeri-lo. "Naturalmente"? Sim, "naturalmente": muito dramática teria de ser a situação para serem os próprios jornalistas a acusarem os jornalistas (a acusarem os colegas e a acusarem-se a si próprios) de favorecimento ao regime. Era preciso, talvez, que as suspeições fossem um pouco mais do que suspeições.

Pois esse é o único raciocínio ao dispor de quem lê o comunicado emitido esta semana pelo Conselho de Redacção da RTP/Açores. Ao longo de vários parágrafos, os jornalistas-eleitos-pelos- jornalistas elogiam umas e condenam outras decisões da direcção de informação. Pelo meio, lá vem a palavra: "censura." Há ou não censura quando uns programas são tão obviamente negligenciados em relação a outros? E há ou não censura quando as reportagens que chegam a Lisboa, via "Notícias do Atlântico" (RTPN), protegem tão cabalmente os titulares do regime açoriano e as suas empresas de mão (como a SATA)?

O departamento de Informação diz que não. Mas, entretanto, é objecto de perguntas e de comunicados que em Lisboa, apesar das polémicas, ninguém ousa fazer.

Resultados de "Alta Defenição"


O programa de entrevistas apresentado por Daniel de Oliveira, obteve no sábado que passou, 8,6% de rat e 37,5% de share. Foi por isso o sexto programa mais visto do dia, e o segundo com maior audiência na SIC.

Audimetria - 20/09/2009


Pelos resultados do dia de ontem, posso dizer que apesar de todos terem questionado quem ganharia (SIC ou TVI), ficaram tal como eu surpreendidos com as audiências deste domingo.
A RTP1 ganhou o dia com o jogo do Benfica - União de Leiria a bater os 19% de rat e 47,5% de share.
Ainda relativamente à estação publica, o programa de opinião "As Escolhas de Marcelo Rebelo de Sousa", posicionou-se em quarto lugar do top5, com 33% de share.
Na TVI, a estreia de "Uma Canção para Ti" ficou à quem das expectativas. 10,7% de rat e 36,7% de share é fraco para o que o programa de talentos já obteve.
Mesmo a novela "Sentimentos" acabou por ficar atrás da reportagem Linda de Suza (8,5% de rat contra 8,1%).
Já o especial do Gato Fedorento, que na verdade não passou de repetições, conseguiu apenas 8,5% de rat e 25,3% de share. De referir ainda que o filme "Dança Comigo", com Patrick Swayse, liderou durante o período em que foi emitido. Ficou na casa do 32% de share.

Revista de Imprensa 21/09/2009

Bom dia, depois de uma semana de experiência, a Revista de Imprensa passa agora a ser publicada diariamente.

Avançamos hoje com uma noticia indirectamente ligada à SIC.

Filomena Cautela demite-se da SP Televisão


A directora de comunicação da SP Televisão, apresentou a sua carta de demissão. Ao que tudo indica, tal acontecimento deve-se ao facto de a SIC não a deixar promover a telenovela “Eterno Amor”.

Esta semana, em entrevista à TV Guia, Filomena Cardinalli mostrou o seu descontentamento por nao poder fazer o seu trabalho de promoçao dos produtos da empresa. Referiu ainda que tinha apresentado a referida carta, mas que esta não tinha sido aceite pela administração da empresa.

Contudo o Jornal 24 Horas avançou com a noticia que após a entrevista, Filomena Cardinalli deixou efectivamente de desempenhar a função que até então exercia na empresa.

A SIC nao fez qualquer tipo de comentários sobre este assunto.

Fontes: 24 Horas, TV Guia