6 de junho de 2011

Frente a Frente


Boa noite. O dia de ontem foi marcado por três emissões totalmente dedicadas às eleições, preparadas pelas estações generalistas. RTP1, SIC e TVI confrontaram-se para levar não só a taça das audiências, como igualmente da qualidade dos especiais. Assim, neste "Frente a Frente", o destaque vai para o som, imagem, estúdio, pivôs, repórteres, comentadores, e muito mais! Tudo, na rubrica que coloca as opiniões em duelo!


A jornada da RTP1 nestas eleições começou às 18 horas e 15 minutos do dia de ontem. Com uma emissão pré-eleitoral, na qual foram ouvidos alguns comentários e, de certo modo, apresentado o "jogo" para a noite que se avizinhava, a RTP1 procurou cativar os telespectadores imediatamente a partir dessa hora. Assim, os mais de 25% de share alcançados serviram para os portugueses entrarem directamente na grande emissão. Foi às 20h00 que José Rodrigues dos Santos anunciou o grande vencedor das eleições legislativas de 2011, depois de ter apresentado uma plateia constituída por um público diferente: estudantes. Assim, foi dada a voz a jovens que, normalmente, são esquecidos para comentar os mais diversos assuntos na sociedade portuguesa. Fiquei impressionado por tal aposta da RTP1, pois mesmo tendo sido "pequena", tornou-se interessante ouvir outros pontos de vista que não os normais.



Por outro lado, não esquecer o profissionalismo de João Adelino Faria, um dos melhores da noite eleitoral da estação pública. Para além dele, Fátima Campos Ferreira esteve à altura, num estúdio amplo, colorido, bem estruturado. Por outro lado, a presença de Maria João Avilez foi, a meu ver, proveitosa, assim como a de José Eduardo Moniz. Tal como os telespectadores tiveram a oportunidade de verificar, a presença do marido de Manuel Moura Guedes nos estúdios do primeiro canal foi negociada desde há alguns meses.



No resto da emissão, não tenho a acrescentar muitos mais pormenores. Depois de ter feito zapping pelas três estações, tenho a dizer que ambas se aproximaram. Tirando um ou outro aspecto, a verdade é que existiram várias semelhanças. Projecções interessantes, pivôs conhecidos, comentadores que já fazem parte da família dos portugueses, marcaram os três canais. Apesar disso, existiu um facto interessante na emissão da RTP1: a presença de comentários no Twitter, por exemplo, no ecrã. Sujeitos a moderação, provavelmente, mas interessantes, na medida que questionavam diferentes pontos de vista da noite eleitoral.

Afinal, mais do que ouvir comentadores que já têm uma carreira construída, considero importante ouvirmos quem está de fora deste mundo da política: nós.
Resta-me por isso dar os parabéns à estação pública, por tê-lo feito, mas igualmente por ter demonstrado mais uma vez a razão por ser a preferida em dias de importância política.



Foi talvez a noite eleitoral que mais surpreendeu ontem. Talvez por marcar a estreia de José Alberto Carvalho e Judite Sousa ao comando de uma emissão de grande envergadura, ou por voltar a juntar Marcelo Rebelo de Sousa e António Vitorino, o certo mesmo é que soube muito bem acompanhar o especial preparado pela TVI.
A opção de colocar os principais pivôs Júlio Magalhães, Lurdes Baeta, Pedro Pinto, Ana Guedes Rodrigues e José Carlos Castro nas sedes dos principais partidos foi “de mestre” e algo que, no meu entender, já devia ter sido executado ainda durante a campanha eleitoral. Ainda assim, e como se diz na gíria: “mais vale tarde do que nunca” e foi mesmo muito agradável ver toda uma emissão montada com o objectivo de levar até ao telespectador aquilo que ele queria ver.

É claro que José Alberto Carvalho ainda se mostrou um pouco irrequieto, nervoso, arriscaria a dizer, trocou algumas vezes TVI por RTP, mas, como o próprio disse, num acto de humildade, no final da emissão: “foi da força do hábito, mas há hábitos que também mudam”. Quanto a Judite Sousa, que ficou responsável por moderar o debate entre os dois comentadores políticos que tão bem conhece, esteve impecável. Já Constança Cunha e Sá, que moderou o debate entre cinco membros dos partidos com assuntos parlamentares, creio que também se apresentou semelhante ao que estamos habituados. Penso apenas que a entrada deste painel “em cena” devia ter sido feita mais cedo, à semelhança do que fez a concorrência.
Por fim, o excelente e muito avançado grafismo que a TVI teve é de louvar. Na minha opinião o melhor das três e aquele que me pareceu mais cuidado, com menos falhas e que melhor resultou no ecrã. Só uma pequena crítica: sempre que cada um dos líderes dos partidos discursou, a imagem estava demasiado focada e parecia algo “assustadora”, na minha opinião. Deveriam ter optado antes por não aproximar tanto a câmara.
Apesar de tudo, houve algo que tenho que ressalvar nesta emissão da TVI: a versatilidade e sem dúvida a grande vontade que ficou bem patente em fazer uma emissão mais versátil e mais diversificada. Gostei bastante!
À partida para a noite de ontem, a SIC era a estação que, teoricamente, estava condenada ao terceiro lugar, à semelhança do que vem acontecendo ao longo dos últimos anos. É um facto que acabou por manter-se no último lugar das preferências dos portugueses, mas a diferença para a segunda classificada, TVI, não foi muita.
E, em termos de qualidade, o especial Portugal 2011 – A Grande Decisão não ficou, em nada, atrás da concorrência. Numa emissão conduzida por Rodrigo Guedes de Carvalho e Clara de Sousa ficou bem patente a vontade de, com os recursos disponíveis, fazer algo bem feito. E gostei bastante do que foi mostrado.
Um Rodrigo Guedes de Carvalho sempre sorridente e a dar a notícia na hora certa, a lançar o pivô no momento oportuno, com as questões mais importantes aos comentadores, de luxo, Ricardo Costa e Miguel Sousa Tavares e uma mesa de representantes dos partidos com assento parlamentar muito activa. De realçar a excelente prestação, também, de Clara de Sousa, que conseguiu sempre “dar conta do recado”, embora por vezes tivesse que cortar a palavra, fruto dos inevitáveis discursos de última hora.
Para mim, os representantes partidários presentes eram os melhores dos três canais e aqueles que cumpriram melhor “a sua função”. Isto apesar de alguns deles não terem ficado até ao fim, o que acabou por ser penalizador para a emissão.
Nota alta também para a ideia de colocar Anabela Neves num pequeno palteou, em que a jornalista mostrava algumas das questões dos cibernautas, em tempo real, através do blog da televisão de Carnaxide e rádio Renascença. Apesar de achar que Anabela Neves teria sido uma melhor opção para estar no “terreno” e talvez Pedro Mourinho fosse uma melhor opção para estar ao pé do computador a lançar os comentários para a mesa, compreende-se a escolha.
Por fim, o grafismo da SIC, que embora não tenha tido detalhes muito diferentes do que estamos habituados e não fosse “tão avançado” como o da TVI ou RTP, surgiu bem conseguido e simples, o que, em alguns casos, acaba por ser o segredo para não “confundir”.
No compute geral, gostei bastante da emissão SIC, eu que, até ao inicio da noite tinha expectativas relativamente baixas.

Falar Televisão


Por pouco...

Os resultados das legislativas foram, de facto, interessantes. Não me refiro à vitória do PSD, ou ao facto de José Sócrates ter sido uma consequência dos 28%. Se, no dia de ontem, perspectivava uma grande vitória da RTP1 e uma pesada derrota para a SIC, nesta segunda-feira confesso que não foi isso que se passou. A aposta da estação pública nestas legislativas foi a mais vista, contudo não se destacou da concorrência em grande escala. Por outras palavras, a "Noite Eleitoral" do primeiro canal chegou aos 10,4% de audiência média e 28,2% de share. Logo atrás, esteve a TVI que, tal como imaginava, conseguiu o segundo lugar nestas eleições, com 9,1% de rating e 25,6% de share. Por fim, e obviamente no último posto, esteve a SIC, cuja "Grande Decisão" alcançou 8,5% de audiência média e 22,9% de share. Apesar deste resultado, a estação de Carnaxide não esteve nada mal, tendo em conta que foi a última a começar a emissão especial. "Peso Pesado" foi assim um dos responsáveis do valor alcançado, na medida que proporcionou um lead-in de 7,7% de audiência média e 28,6% de share.

Aliás, é importante referir que o facto de a TVI ter começado às 19:00 com "A Hora da Decisão", não a beneficiou, tendo em conta que perdeu para a concorrência. Mesmo a RTP1, registou uma derrota nesse horário, tendo em conta a expulsão do concurso do terceiro canal.

Ainda sobre resultados, de referir os do Cabo, cujo conjunto de canais conseguiu ultrapassar as generalistas. A SIC Notícias foi o temático mais visto do dia com 6,7% de share, seguida do TVI 24 com 1,9% e, por fim, da RTPN, com 1,5%. Aliás, se virmos bem as coisas, e somando estes valores com os das generalistas, coloca-se uma questão: afinal, quem venceu as eleições: RTP1 ou SIC?

Sónia Brazão livre de perigo


Há quase três dias que a actriz estava internada em estado grave na unidade de cuidades intensivos do Hospital de São José, em Lisboa. Todavia, de acordo com informações recolhidas pelo Diário de Notícias há instantes, Sónia Brazão já se encontra livre de perigo.


Quem o garante é uma amiga bastante próxima, em entrevista ao site do jornal: “já está a respirar por ela e livre de perigo”, garante Sónia Costa.


Ainda de acordo com o mesmo site, a actriz já recebeu na tarde de ontem a primeira visita desde que está internada, do irmão, Filipe Fonseca.


Quiosque: Diário de Notícias

RTP vence noite eleitoral

Mais uma vez, Portugal preferiu o canal do estado em dia de eleições.


Mesmo sem a colaboração de Judite Sousa e José Alberto Carvalho, a RTP teve a emissão mais vista pelos portugueses. Com uma média de 985 600 telespectadores, o que corresponde a 10,4 por cento de audiência, e registou 28,2 por cento de share, Eleições 2011: Noite Eleitoral, foi o programa mais visto.

Em segundo lugar desta “batalha”, ficou a TVI, numa emissão conduzida por Judite Sousa e José Alberto Carvalho, que conquistou, em média 858 700 telespectadores, o que equivale a 9,1 por cento de rating e 25,6% de quota de mercado média.


Quanto à emissão Eleições 2011: A Grande Decisão, da SIC, ficou-se pelos 804 600 telespectadores em média, que se manifestam em 8,5% de audiência média e 22,9% de share. De realçar ainda que o Primeiro Jornal foi o segundo programa mais visto do dia (9,1% e 34,1%) e que Peso Pesado se ficou pelos 7,7% de rating e 28,6% de share, o que corresponde ao sexto programa mais visto deste domingo.


No total do dia, o universo Cabo e IPTV acabou por ser o mais visto, com 26% de quota de mercado média, seguindo-se a RTP, com 25,3%, a SIC, com 22,9% e a TVI com 22,7%.

É caso para dizer que Pedro Passos Coelho e o PSD ganharam, mas a RTP também!

Esta noite...



... mais um duelo no seu Televisão-Opinião! Às 21:00, uma hora após o
Falar Televisão.

Fala-se - 06/06/2011


Muito boa tarde! Nesta segunda-feira, as estrelas do "Fala-se" são...



Artur Albarran


O antigo apresentador da estação de Carnaxide, que está a ser investigado por suspeita de fraude fiscal e abuso de poder, descobriu uma leucemia. Segundo a revista Lux da última sexta-feira, o empresário terá de fazer os tratamentos em Portugal, apesar de viver entre Angola e África do Sul.

Casado há 8 anos com Sandra Nobre, a cara do programa "O Mundo É Pequeno", vê assim mais um obstáculo aparecer na sua vida.




Daniela Ruah


Depois de ter estado presente na "XVI Gala dos Globos de Ouro", Daniela Ruah confessou que aproveitou este convite da SIC para matar as saudades da sua família. "Tenho aproveitado para almoçar com os avós, para almoçar e jantar com os pais... Para estar com os amigos e os primos, muitos deles também estão fora do país e acabam por vir nesta altura".

Por fim, de referir que as gravações de "NCIS: Los Angeles" começam dentro de um próximo mês.


Quiosque: Lux 

Revista de Imprensa - 06/06/2011



Bom dia! Neste início de semana, a "Revista de Imprensa" apresenta-lhe os principais destaques noticiosos de hoje!

Manuel Luís Goucha agradece aos fãs e seguidores



Depois de ter sido operado à pedra no rim, Manuel Luís Goucha confessou aos jornalistas que chegou a temer a sua vida. No entanto, o apoio do seu companheiro, Rui Oliveira, e dos seus fãs do Facebook, acabaram por levá-lo a sentir-se melhor. "Claro que a presença do Rui foi importante, mas na quinta-feira fiquei no hospital sozinho. Cheguei a despedir-me do Rui". Depois de ter emagrecido cerca de 4 quilos, o colega de Cristina Ferreira lembrou ainda a sua página oficial: "O Facebook tem sido uma surpresa. Fui obrigado a ter a página pela TVI, mas no dia em que a criei achei muito interessante pela possibilidade de interagir com as pessoas que vêem o programa, ter o retorno imediato, pedir sugestões... E depois é muito bom perceber que aquelas quase 160 mil pessoas gostam mesmo de mim. Tiro uma hora por dia, religiosamente, para responder a mensagens".

O regresso ao trabalho está marcado para dia 13 de Junho, feriado na cidade de Lisboa. Nessa altura, Manuel Luís Goucha matará saudades dos telespectadores, assim como da sua equipa técnica. 
Até lá, o apresentador estará online no seu Facebook!


Rodrigo Menezes é "um mentiroso" em "Remédio Santo"!




O actor da estação de Queluz de Baixo, que interpreta 'Renato' em "Remédio Santo", está satisfeito com o seu papel. Segundo as declarações de Rodrigo Menezes à revista Telenovelas, este tem sido um personagem diferente dos anteriores: "É com muito prazer que estou em 'Remédio Santo. Adoro o meu papel, porque é muito diferente de todos aqueles que já fiz". Satisfeito com a aposta da TVI no seu trabalho, o actor explicou ainda que 'Renato' se tem demonstrado um autêntico quebra-cabeças para os telespectadores: "Ele é um mentiroso, engana a mulher, mas é muito cómico".

A gravar todos os dias, Rodrigo Menezes adiantou igualmente que as suas folgas são aproveitadas não só para descansar mais igualmente para se dedicar ao seu filho, Afonso, de um ano e meio.


Citação do dia


O que mais me custou foram as saudades dos meus filhos.

Sandra, ex-concorrente de 'Peso Pesado'.




Número do dia


20%


...foi o rating da partida de futebol entre a selecção nacional e a Noruega, transmitida pela RTP1.



Quiosque: Lux, Telenovelas

Fecho


Fechamos este domingo de eleições com uma crónica do jornalista Alexandre Pais, retirada do Correio da Manhã e que faz o balanço do jornalismo praticado ao longo da duas semanas de campanha eleitoral.

Cada cor sua isenção

Não me lembro de uma campanha eleitoral, como a que agora terminou, em que tenha sido tão visível, na generalidade dos canais, as simpatias e antipatias de quem editou as reportagens, fosse por opção individual ou por ordens superiores. Foi, aliás, fácil perceber como muitos jornalistas deixaram cair o poder que consideram passado e correram a engrossar o que julgam ser os ventos da mudança. Não é um fenómeno novo, a natureza humana é assim.

Vi num canal uma grande manifestação de um partido bater, de forma clara, em entusiasmo e afluência de apoiantes, o desfile de uma força política concorrente, e assisti depois, noutra estação, à demonstração do contrário. Esse "milagre" foi conseguido com o recurso a planos fechados que "reduziram" a multidão e à audição de contra-manifestantes, no caso do real "vencedor". E com imagens seleccionadas de alegria "esfuziante" e declarações de apoio, na reportagem do "derrotado". Os repórteres concluíram os seus trabalhos com palavras que não deixaram dúvidas de que a montagem das peças correspondia ao rigor das intenções.

Moral da história: os jornalistas são pessoas como as outras. E se a isenção é um dever, as excepções fazem parte da regra. É a vida.