Falar Televisão

O Amor devia ser um Sonho

Estreada há uma semana, a segunda de três minisséries da televisão de Queluz de Baixo despede-se já no próximo sábado dos portugueses. E foi com uma grande surpresa que soube desta notícia. Inicialmente pensei que fosse mentira, mas é mesmo verdade.

Contudo, há algo que não percebo. Estaria já esta medida pensada anteriormente? Ou foi uma forma de a TVI “remediar” os resultados menos positivos que O Amor é um Sonho alcançou? Sinceramente, fiquei bastante “confuso” por ter tido um resultado tão aquém das minhas próprias expectativas.

O elenco é bom, a história parece-me bem conseguida e bem tratada. Não digo que seja melhor de que O Dom, mas há algo que é inegável: retrata uma realidade à qual os telespectadores da TVI estão habituados: um amor, uma típica comédia romântica a que a estação de Queluz de Baixo nos tem habituado. Não seria isto suficiente para ser sinónimo de sucesso? Sim, pensei eu.

Mas enganei-me. E terá sido apenas o facto de concorrer directamente com Laços de Sangue que a fez descer nas audiências? Ou terá sido do fraco consumo televisivo? Não sei, mas há algo que parece estar a tornar-se realidade: os telespectadores da TVI, ao contrário do que faziam antigamente, já não querem “apenas” amor, amor e mais amor. Querem produções diferentes, que não os confundam. E O Amor é um Sonho não parece ir ao encontro dessa situação. Logo, poderá estar aí a justificação para esta performance.

Pelo menos de uma coisa há que a TVI aprende com tudo isto: a aposta para o futuro passa por produções diferentes e que tragam novos sentimentos, novos conhecimentos, novas emoções. O Dom foi um bom exemplo disso e Remédio Santo também o parece ser. Como costumo dizer: “Parece-me bem”!