4 de março de 2011

Like & Dislike


 Boa noite. A edição desta semana do Like/Dislike!

LIKE
Histórias Com Gente Dentro


Histórias Com Gente Dentro é um excepcional caso de inovação e bom gosto na reportagem televisiva. Não se deixam de contar histórias e de transportar as pessoas para o pequeno ecrã, mas a forma como essas mesmas histórias são contadas é que distingue este produto e congratula Ana Sofia Fonseca, a jornalista mentora deste projecto.

Por tudo isto, o regresso deste formato ao horário nobre da SIC, já na sua quarta temporada, é naturalmente um aspecto positivo da semana televisiva.



DISLIKE
Os "enche-chouriços" de Nuno e Iva


Na segunda-feira por voltas das 19h a emissão da SIC preenchia-se com Nuno Graciano e Iva Lamarão, à frente de um automóvel, gritando, um por um, cada algarismo que compunha o número para a chamada de valor acrescentado, implorando assim para que o espectador participasse no passatempo.

No fundo, praticamente toda a emissão da SIC foi preenchida com isto, na última segunda-feira. O nome Companhia de… serviu de pretexto para mais uma maratona contínua de emissão em directo. Um programa pobre, sem nexo, de mau gosto e, por vezes mesmo, irritante.

Nuno Graciano, Merche Romero e Iva Lamarão mereciam muito mais e os espectadores, esses, não mereciam, de todo, aguentar com isto nos seus ecrãs.

Falar Televisão


A Maratona

A pré-produção de Querida Júlia tem sido um óptimo presságio do que poderemos vir a contar já a partir do próximo dia 14 de Março. Esta semana, Júlia Pinheiro andou a correr o país de Norte a Sul em plena promoção do programa que marca o seu regresso à SIC, a nova aposta das manhãs de Carnaxide, o Querida Júlia.

Começou por Lisboa, seguiu-se Évora, Setúbal, Coimbra, Aveiro, Viseu, Guimarães e ontem a comitiva de Júlia Pinheiro terminou esta digressão na cidade do Porto. E no cerne desta autêntica maratona de dois dias, beijos, abraços, autógrafos, fotografias, entrevistas, enfim, uma parafernália digna de uma qualquer campanha eleitoral legislativa ou autárquica.


E é esta mesma diferença e perspicácia na preparação da nova aposta para as manhãs de Carnaxide, o melhor retrato do que do que serão os próximos tempos para a anfitriã, Júlia Pinheiro. Serão precisos muitos beijinhos, muitos abraços e uma proximidade transcendente com as “donas Marias” lá de casa para Querida Júlia conseguir cair em graça dos telespectadores das manhãs: um público por norma mais idoso e que, através da sua relação afectuosa com o pequeno ecrã, vive principalmente do hábito na forma como consome o produto televisivo.

Júlia Pinheiro terá inevitavelmente de aproximar a SIC, essa estação ainda tão longe dos ‘hábitos’ lá de casa. Mas ao que parece (e à imagem do que foi feito esta semana) essa não será com certeza uma missão impossível para Júlia, ou não estivéssemos a falar de uma das melhores comunicadoras nacionais.

Aniversário RTP: O primeiro dia das caras mais conhecidas da estação


A estação pública completa na próxima segunda-feira 54 anos de emissões e a Notícias TV revelou como foi o primeiro dia de trabalho na estação de algumas das actuais estrelas do canal:



Isabel Figueira, 30 anos

“Foi um directo, no Domingo é Domingo, em 2002. Nunca tinha feito directos e estava muito nervosa. Era uma menina, não tinha experiência e sentia imensas borboletas na barriga. Lembro-me que estava a entrevistar os bonecos do Contra-Informação e estava tão nervosa, que em vez de colocar o microfone na boca da pessoa que dá a voz pu-lo na boca do boneco (gargalhada). A equipa ficou toda a rir, foi muito engraçado.”


Jorge Gabriel, 42 anos

“A estreia no Preço Certo em Euros, ainda nos estúdios do Lumiar da RTP, em 2001. Lembro-me que a RTP estava pelas ruas da amargura, com baixas audiências, e nós transformámos aquele espaço numa alavanca para o canal. Já conhecia a equipa com quem trabalhei nesse programa, de outros desafios anteriores na SIC, mas estávamos todos muito ansiosos por conseguir bons resultados e esperançados que o programa fosse um sucesso. E foi, até hoje (risos)”.


Catarina Furtado, 38 anos

“Foi em 2003, com a Operação Triunfo. Não estava nervosa, mas sim ansiosa. A equipa acarinhou-me muito. Recordo a emoção de voltar à casa que conhecia desde pequena. O meu pai levava-me à RTP aos fins-de-semana, andava por lá nos corredores”.

Fernando Mendes, 47 anos
“A minha estreia foi com O Foguete, em 1983, junto do António Sala e do Carlos Paião. Era a primeira vez que fazia televisão e estava muito nervoso. Fui muito bem recebido. Lembro-me que no programa havia uma secção uma carruagem com comida. Eu fazia de gatuno e tinha de comer um frango. Recordo-me de repetir a cena só para comer outro frango. A minha fama de comilão começou aí, logo na estreia”.

Quiosque: Notícias TV



Ana Guiomar fala sobre vaga de contratações e exclusividade!



Em entrevista à Notícias TV, a actriz Ana Guiomar fala da sua personagem Lili, em Laços de Sangue, e da actual tendência de contratações e negociações que envolvem nomeadamente os dois grandes canais privados.

Questionada sobre qual o futuro da SIC em termos de ficção, dadas as sucessivas contratações de actores, Ana diz que “esta vaga [de contratações] é excelente”. Contudo confessa: “Mas há outros actores que também são bons e estão parados e que não precisam de vir de outro canal”. A actriz reconhece ainda, quando confrontada com o facto de existirem actores veteranos na prateleira, que existem diferenças entre as duas gerações de actores, os mais velhos e os mais novos: “Basta aparecermos em eventos para não cairmos no esquecimento. […] O problema dos actores mais velhos é que não foram criados com esse tipo de eventos nem têm de o fazer. E isso é mau por parte dos canais, não pensarem neles”.

Ana refere ainda que os contratos de exclusividade são uma mais-valia, porque garantem segurança e permitem “fazer teatro e publicidade”. “Agora, sinceramente, não é a minha prioridade”, garante à publicação.


Quiosque: Notícias TV

Esta noite...

... o Pedro Esteves dá mais um Like & Deslike. Não pode perder, às 21:00!

Fala-se 04/03/2011


Boa tarde. Em linha, o último Fala-se da semana!


Núria Madruga

Actualmente a gravar O Dom, uma série bastante esotérica que estreia em breve na TVI, a actriz não confessa adepta destas temáticas e garante que nunca teve qualquer tipo de experiências paranormais: “Prefiro viver por mim do que ouvir alguém a dizer o que vai suceder. Depois corre-se o risco de se viver obcecada, mas respeito a actividade”, garante afirmando “nunca tive experienciais paranormais, não sou supersticiosa, não uso amuletos nem pratico rituais”

Fernanda Serrano

Quem também ainda grava os capítulos finais de Sedução é Fernanda Serrano. Mas na recta final da produção desta novela, que viu o número dos seus episódios ser assim encurtado, a protagonista da trama já pensa em novos projecto profissionais, mas sem antes aproveitar algum tempo para tirar umas férias: “Estou pronta para abraçar mais projectos. Faz todo o sentido fazê-lo!”, afirma.
Quiosque: Mariana

The Million Pound Drop aposta da TVI?



Ainda não está nada definido, mas segundo avança a Notícias TV desta semana, The Million Pound Drop, concurso de cultura geral, pode estar a chegar à TVI.

The Million Pound Drop é a edição britânica de uma ideia original da Endemol holandesa.” O gameshow já correu o mundo, e revelou-se um sucesso, atingindo níveis de audiência bastante elevados. Países como os EUA, Brasil e Espanha já se renderam a este formato.

Portugal será a seguinte aposta? Se isso acontecer, tudo aponta para que seja a Endemol portuguesa a produzir o formato que terá lugar na grelha da TVI. A sua duração será de 13 programas e as transmissões podem ser diárias ou semanais.
Três concorrentes, a mesma quantia de dinheiro, oito perguntas de cultura geral são os ingredientes, que quem sabe, se podem transformar num sucesso para a estação de Queluz de Baixo.

Quiosque: Notícias TV


Revista de Imprensa 04/03/2011


Sexta-feira, 4 de Março. A Revista de Imprensa de hoje!

Sara Santos em Eclipse

 
Sara Santos, que dá vida a Simara em Morangos Com Açúcar, será a nova aposta da TVI na ficção de horário nobre. A jovem actriz vai transitar da série juvenil de final de tarde para a próxima aposta da estação no horário nobre, a novela Eclipse.

Sara Santos irá interpretar Clarinha, uma jovem irreverente que faz questão de boicotar todos os bailes organizados pelas tias, um trio de personagens interpretadas por Rita Loureiro, Julie Sargeant e Anabela Brígida.

Mais uma prova de que Morangos Com Açúcar continuam a ser verdadeira escola de novos actores.


Paes do Amaral de olho em José Alberto Carvalho, desde 2006
 
 
Depois de na passada semana se ter ficado a saber, quase simultaneamente, que Miguel Paes do Amaral e José Alberto Carvalho estariam a caminho da estação de Queluz de Baixo, a edição desta semana da revista Sábado conta que Paes do Amaral já estaria interessado em 2006 (altura em que ainda exercia funções como presidente da Media Capital) no ex-director de informação da RTP.

Àquela data, o responsável da Media Capital encomendou um estudo de opinião para avaliar os principais pivôs portugueses. Estudo que, por sua vez, destacou José Alberto Carvalho como o principal e mais conceituado pivô nacional. Um resultado que não gerou, pelas mais diversas condicionantes, a contratação de Alberto Carvalho mas que despertou o interesse do responsável da principal accionista da TVI.

Confrontado agora com esta coincidência de chegar a Queluz de Baixo na mesma altura de José Alberto Carvalho, Miguel Paes do Amaral insiste que tudo isto não passa de “uma coincidência total”, apesar de não esconder o agrado por esta mesma coincidência “Você fará as assumptions [conclusões] que quiser. Acho que já disse bastante”, remata.
 

CITAÇÃO DO DIA
"A partir de hoje, nunca mais terei de ver o meu ordenado publicado no jornal"
José Alberto Carvalho, no dia da sua saída da RTP


CURIOSIDADE DO DIA
 
A 47ª edição do Festival da Canção da RTP, que vai ter lugar já amanhã, vai também contar com uma aplicação no serviço do MEO. Os telespectadores podem assim, entre outras funcionalidades, acompanhar os bastidores do festival através de uma câmara exclusiva ou ver em detalhe entrevistas exclusivas com os participantes desta edição.
 
Quiosque: Mariana, Sábado, Correio da Manhã

Fecho


Boa noite. O Fecho de hoje incluí mais uma crónica da autoria de Joel Neto, retirada do Diário de Notícias.


Uma festa decrépita

Não falo apenas do deserto de criatividade e de carisma em que redundou a apresentação de Anne Hathaway e James Franco (e, aliás, o guião de que os muniram). A 83.ª cerimónia de entrega dos Prémios da Academia das Artes e Ciências de Hollywood, vulgo Óscares, foi, na sua globalidade, mais pobre do que a do ano passado, curiosamente já mais pobre do que a do ano anterior - e, feitas as contas, apenas veio reforçar a ideia de uma indústria cristalizada, anquilosada e determinada a desperdiçar a primeira grande crise global do seu segundo século de vida (o século da maturidade, supunha-se) e a oportunidade que aquela podia representar para o triunfo de novas soluções criativas.


Chegámos a um ponto em que os desastrados comentários dos habituais narradores da TVI não chateiam. Basicamente, já nem sequer inquieta que eles pisem o que dizem as estrelas. Se as intervenções dos apresentadores são paupérrimas, os colóquios daqueles a quem cabe anunciar os vencedores são mais pobres ainda. E, se se trata de diálogos em vez de colóquios, então é tudo definitivamente penoso. Espectador desde a infância, ando tão aborrecido com a cerimónia que, este ano, nem sequer a vi em directo, mas gravada. E, mesmo assim, senti vergonha em vários momentos. Inclusive naqueles em que subiram ao palco autênticos monstros sagrados das emoções, da sua interpretação e das suas recombinações.

Não sou do tempo de Bob Hope, mas sou do tempo de Billy Cristal. E Billy Cristal era capaz de transformar a sombria depressão colectiva global dos anos 80 e 90 em alguma coisa nova. Neste tempo, não nos resta senão esperar pelo próximo artifício formal de James Cameron. Temos o que merecemos, provavelmente.