Desde que entrou no Ídolos, a vida de Filipe Pinto passou a ser uma "roda viva". Deixar o anonimato para passar a ser alguém conhecido, é um papel que a muitos agrada, mas que tem sempre um lado negativo. Quanto a isso, o concorrente do concurso da SIC sente-se à vontade: "Gosto muito de receber o carinho das pessoas. Continuo a andar de comboio e agora, que isto se aproxima do fim, sinto mais as pessoas a olhar. Quem quiser vir ter comigo vem e se me pedirem um autógrafo eu dou com todo o gosto".
Será que toda esta popularidade lhe vai dar a vitória no Ídolos? Quanto a isso, Filipe Pinto não sabe, mas uma coisa é certa, independentemente da vitória ou derrota, a sua reacção não está programada: "O sentimento vai sair-me na altura e, indepententemente do que acontecer, tenho a certeza de que vou sair feliz".
Filipe Pinto não esquece a queda de Pedro Abrunhosa, na última gala: "Fiquei com medo que tivesse acontecido alguma coisa de grave. Ele ficou com a cabeça a centímetros de um monitor que estava no chão. Caso batesse ali nem sei o que é que aconteceria". De referir que quando começou a sua actuação, o concorrente do Norte sentiu-se nervoso.
Quanto ao talento de Carlos Costa e Diana Piedade, o finalista do talent-show da SIC, considera que eles têm mais experiência em palco, e por isso, no sentido de equilibrar as coisas, utilizou a guitarra quando foi possível: "O Carlos dança e pula por todos os lados e consegue ter uma presença muito grande, a Diana nem precisa de nada. Simplesmente, com o ritmo que ela tem, a maneira de ela sentir a música já é tão forte... Eu sinto que nesses parâmetros onde eles os dois são muito bons, eu não sou. Nesses campos estou abaixo deles e ao tocar guitarra equilibrou as coisas".
Dançar não é com ele. Seguir os passos que lhe são impostos não são o seu forte: "Detesto isso. Acho que a pessoa deve estar livre para fazer o que sente". Apesar deste "problema", Filipe Pinto, confessa que já está mais à vontade.
Quanto à comunicação social, o possível vencedor do Ídolos, confessa que pediu aos pais para não falarem para os jornais e revistas: "Os meus pais são os meus pais e eu sou eu. Como é óbvio, não posso mandar neles. O que lhes disse foi para não falarem com a comunicação social".
Filipe Pinto tem ainda em conta a ingenuidade dos pais, coisa que a imprensa aproveitou. Bastou a sua mãe dizer "Pois é", a propósito da prestação de Diana Piedade no concurso, para o jornalista que a acompanhou, escrever linhas e linhas sobre essa afirmação.
O concorrente confessou ainda que se sentia cansado: "Eu neste momento sinto-me de rastos. Precisava de uma semana para dormir (risos). É mais isso do que o resto".
Relativamente ao assunto de Carlos Costa, quando este apelou ao povo português, em directo, para votarem em Diana Piedade, Filipe Pinto é sincero: "Naquele papel, caso eu saísse, eu não teria feito aquilo em directo, como é óbvio. Mas ele sentiu aquilo naquele momento e disse-o.
Teve toda a liberdade para o fazer. Agora se foi justo ou não, quem sou eu para o julgar?".
Para terminar, na entrevista ao 24 Horas, Filipe Pinto falou da sua carreira: "Continuar a cantar é um esboço. É um esboço que vai sendo construído até ser um projecto. Neste momento é o que digo, a minha prioridade, independentemente de ganhar o prémio, é acabar o curso. Vou a Londres na mesma, mas também vou acabar o curso, nem que seja depois. Só então penso na música, em seguir uma carreira artística. Quero primeiro acabar esta etapa".
Fonte: 24 Horas