Rui Vilhena e Antónia Barreira estão em duelo.
Começou como guionista da quarta série de "Morangos com Açúcar". Seguiu-se a sua primeira grande telenovela, "Fascínos". Com um elenco de luxo, uma realização fantástica e paisagens idílicas, António Barreira passou a ser mais conhecido. Criou um enredo com histórias de amor apaixonantes. Foi com esta produção que começámos a perceber as grandes características da sua escrita.
O trabalho seguinte foi "Flor do Mar". Apesar de ter sido em colaboração com Maria João Mira e Diogo Horta, é evidente que tudo o que foi feito tinha uma "mãozinha" sua.
Actualmente escreve "Meu Amor", uma história extremamente bem feita, com um elenco de fazer inveja, inovadora, diferente de tudo o que estávamos habituados a ver. A meu ver, esta telenovela revela as grandes características da sua escrita que são o facto de ser inovadora, criativa, diferente, apelativa, contemporânea, com especial atenção aos pormenores, adequada à realidade.
A pergunta "Quem matou o António?", fez parte da vida da maior parte dos espectadores da TVI durante muito tempo. Rui Vilhena soube criar suspense, mistério, acção numa novela, como ninguém o tinha feito até então.
O ano de 2005, em termos de ficção, foi sem dúvida marcado por "Ninguém como Tu", por Luíza Albuquerque (Alexandra Lencastre), pelo seu vestuário (muitas cartas chegaram à TVI com o intuito de se saber que loja vestia a actriz). Mas a novela distinguiu-se ainda pela interpretação do frio António Paiva Calado (Nuno Homem de Melo), pela relação entre João (Frederico Barata) e Henrique (Guilherme Barroso), pelas irmãs Dulce (Manuela Couto) e Júlia (Dalila do Carmo), e pelo "renascimento" de Milú (Rosa Lobato Faria) quando Luíza morreu.
Estes forem alguns dos ingredientes chave que levaram esta novela ao sucesso. Só para se ter noção, o último episódio de "Ninguém Como Tu" atingiu os 25,9% de audiência média e 67,2% de share.
Rui Vilhena soube captar a atenção dos espectadores, e na minha opinião, esta novela será uma das que não cairão no esquecimento dos espectadores da TVI, não só pela sua qualidade, como também pela maravilhosa interpretação de Alexandra Lencaste.
A verdade é que foi este autor que criou o conceito de "assassínio" na ficção portuguesa, para provocar suspense ao longo da trama. O "Quem matou quem?" pertence a Rui Vilhena. E só por isso, está de parabéns!