4 de janeiro de 2010

Fecho

Boa noite. São 20:00, e está em linha o Fecho de hoje, que lhe trás uma crónica da autoria de Joel Neto, retirada do Diário de Notícias.

Às 21:00 não perca o primeira Frente a Frente de 2009.

Não vale a pena disfarçar: a integração de Laurence Fishburne no elenco de CSI: Crime Sob Investigação, em 2008, foi sobretudo a procura de um derradeiro fôlego para a série. Responsável por vários dos projectos televisivos mais bem-sucedidos da última década, o produtor Jerry Bruckheimer sabia que CSI não tinha uma estrela com a pinta de Gary Sinise ou o carisma de David Caruso, como tinham respectivamente CSI: Nova Iorque e CSI: Miami. Mas também sabia que ela conservava o romantismo de fundadora do franchise - e decidira só intervir quando se tratasse de permitir-lhe uma última milha de vida.

Pois essa milha vai-se esgotando agora. Embora acabe de ser anunciada a gravação de uma décima temporada, a emitir no próximo ano, CSI: Crime Sob Investigação tem vindo a cair nos gráficos de audiências - e aquilo que começa a ficar claro, por esta altura, é que essa temporada será a última. De resto, percebe-se porquê. Baseadas nos mesmos pressupostos, no mesmo modus operandi e nos mesmos artifícios de realização, CSI e as suas spin-offs já se confundem umas com as outras - e começam a confundir-se também, todas juntas, com uma data de outros seriados que nelas se inspiraram.

Embora continuemos a celebrar a explosão de que a ficção televisiva foi alvo na última década, incluindo narrativas, meios de produção e estrelas envolvidas, a verdade é que a vitalidade desse universo começa a desvanecer-se. Depois de Os Sopranos, CSI, 24, Dr. House e Perdidos, tornou-se imperativo encontrar uma nova direcção no sentido da qual rasgar. Dexter já foi um passo pequeno, Flashforward é um ainda menor - e, entretanto, o aborrecimento vai-se instalando.

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