A pouco tempo de estrear as suas apostas para Setembro, o director de programas dá uma entrevista exclusiva à edição desta semana da Notícias TV. Uma conversa franca em que Nuno Santos falou um pouco sobre diversos temas.
Muito se falou sobre os tempos em que estava na RTP, mas, na actualidade, o jornalista é feliz na SIC, até porque voltaria a aceitar o convite feito por Francisco Pinto Balsemão: “Ainda recentemente, na conferencia sobre televisão, o Dr. Balsemão citou Paul Valéry e eu faço minhas as suas palavras: ‘O problema dos nossos tempos é que o futuro já não é o que era.’ Nós tomamos sempre as decisões num determinado momento e contexto. Mudar e tornar a SIC mais competitiva era em 2008 o maior desafio do mercado. Continua a ser em 2010 o melhor e mais estimulante desafio do mercado”, começou por dizer, confessando em seguida que está confiante de que este desafio ainda pode ser ganho: “Não (tem dúvidas). Sobre isso não tenho. Acredito nas minhas capacidades e no quadro envolvente”,explicou.
É já no domingo que arranca a nova temporada de Ídolos e, no dia seguinte, quatro novos formatos estarão em antena. Sobre esses dias, Nuno Santos mantém a esperança: “Espero que esses dias nos corram bem. Estamos a prepará-los para que sejam mais fortes em termos de oferta, estamos a comunicá-los em várias frentes, de maneira muito assertiva, mas respeito o veredicto dos espectadores. Ninguém tem aqui uma varinha mágica. Eu não tenho uma varinha mágica. O que sei é que o Ídolos será um bom programa de televisão: forte, muito bem produzido, com boas histórias e bons talentos. O que sei é que a nossa novela (Laços de Sangue), que estamos a fazer com a SP e a Globo, é melhor do que os produtos anteriores. O que sei é que o programa da tarde marca uma diferença grande em relação à concorrência. Agora, repito, nem eu estou dentro da cabeça das pessoas nem os nossos concorrentes estão parados”, até porque, na visão do director de programas, tanto a RTP como a TVI “estão muito preocupados” com a SIC.
Como não podia deixar de ser, o assunto Fátima Lopes voltou a ser falado. Embora não queira alongar-se muito, o marido de Andreia Vale foi directo: “É passado. As coisas são o que são. Acho que a Fátima fez uma má opção, mas cá estaremos para ver”, começou por dizer, acrescentando: “É a minha perspectiva. O tempo responderá a esta questão. Para nós a questão Fátima Lopes pertence ao passado. O que interessa é discutir os conteúdos para a frente, com as pessoas que estão na SIC e que querem estar na SIC”, atirou.
E, já que se falou em mudanças de estação, Nuno Santos deixou o aviso: “genericamente, ao longo dos últimos anos, houve várias pessoas que melhoraram as suas condições laborais com a ideia de que estavam a ser desafiadas pelos canais da concorrência”, frisou, dizendo ainda que “não” tentou contratar Manuel Luís Goucha e que “não falou com Júlia Pinheiro”. Já com Cristina Ferreira, a situação foi diferente: “Conversámos com a Cristina. É o único caso com quem conversámos. Com uma ideia concreta em cima da mesa. E ela ficou em reflexão durante vários dias”.
O director de programas da SIC falou ainda sobre a nova colega, Gabriela Sobral: “A Gabriela vem trazer experiência, know how, muito conhecimento do mercado. É alguém que soma ao talento da SIC”, afirmou.
Ainda antes de terminar, uma curta resposta a uma crítica de André Cerqueira, que arrasou com Passione, recentemente: “a média de Passione é de 22%. Ela fez num dia 14%. Se alguém quer fazer este jogo dos números convém fazê-lo com rigor. Se não é manipulação. Se as pessoas virem as audiências todos os dias e as estudarem enquanto fenómeno global, talvez seja melhor”, explicou.
Em jeito de conclusão, Nuno Santos deixou em aberto a hipótese de José Eduardo Moniz poder estar de regresso aos ecrãs, dentro em breve, ao dizer que “talvez tenhamos surpresas em breve”, quando confrontado com esta possibilidade, até porque, na sua óptica ele “é uma pessoa com qualidades indiscutíveis. Mas ele fez uma opção que é a de estar fora neste momento. Mas tem estado atento.”, concluiu.
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