Ainda nem estreou nos ecrãs da TVI e a polémica já está mais do que instalada. Depois de a Notícias TV e a TV Mais terem noticiado o descontentamento dos concorrentes, é a edição desta semana da Nova Gente que conta mais pormenores.
“Tinham-lhes dito que não iam passar fome e que teriam o mínimo de condições de higiene. Obviamente que isso não iria passar na televisão, mas ficou acordado que o cozinheiro que estava com a produção também tratava da alimentação deles. Nada disso aconteceu e agora eles sentem-se enganados”, começa por revelar à referida revista fonte próxima de um dos concorrentes.
Os momentos passados nas diferentes tribos foram bastante penosos para muitos dos concorrentes e houve vários que pensaram em desistir. Fernando Mendes foi um deles: “Emocionalmente foi muito duro, nunca pensei. Houve momentos que custaram muito e cheguei mesmo a pensar desistir”, revelou o antigo jogador de futebol.
E parece que todas as situações que se passaram durante as gravações de Perdidos na Tribo deverão, inclusivamente, custar alguns processos à produtora, Quatro Cabezas. Quem o garante é fonte próxima à Nova Gente: “As pessoas da TVI perceberam logo que havia muitas queixas, por isso disseram para eles não falarem à imprensa. Planeiam fazer uma reunião para tentar abafar algumas situações, mas os concorrentes querem apurar responsabilidades e saber quem falhou. Há alguns que estão a pensar na hipótese de pôr um processo à produtora e pedir uma indemnização, porque as combinações verbais não foram minimamente cumpridas”.
Esta mesma fonte contou ainda alguns pormenores sobre aquilo que se passou nas três Tribos: “Eles sofreram imenso. O Kapinha, a Cláudia Jacques, a Io Appolloni e o Fernando Mendes estiveram sempre doentes, com problemas intestinais. A Marta chegou a desmaiar de fraqueza: caiu em cima de uma fogueira e queimou a mão. E a Vera passou quatro dias sem comer nada, fartou-se de vomitar e depois, porque já não aguentava mais, bebeu uma mistura de leite com farinha, que estava num balde nojento e cheio de moscas, mexido pelas mulheres com o mesmo pau com que batiam nas vacas!”.
Por outro lado, desengane-se quem pensa que a polémica termina aqui. Os concorrentes queixam-se ainda, de acordo com algumas informações recolhidas pela referida revista, de não terem cumprido com as chamadas para a família: “Garantiram que podiam telefonar de quatro em quatro dias e quem tivesse filhos podia ligar dia sim, dia não. Tal como as outras coisas todas que prometeram, isto também não aconteceu…”, revelou a mesma fonte.
Ainda segundo a Nova Gente, durante as gravações houve concorrentes que quiseram falar com alguém da TVI, mas por lá permaneciam apenas elementos da produtora Quatro Cabezas: “Deviam ser uns oito por cada grupo. Houve concorrentes que, a dada altura, se passaram completamente e exigiram falar com alguém da TVI, com quem tinham combinado as coisas paralelamente. Mas não os deixaram fazer telefonemas, diziam sempre que o telefone-satélite não funcionava bem… cada vez que alguém discutia, a resposta deles era: ‘Não temos nada a ver com isso! Vocês assinaram um contrato e sabiam para o que vinham.’ Mas a verdade é que muitos deles só foram porque tinham algumas garantias”.
Por último, Bruno Santos, da TVI, confrontado com todas estas acusações disse apenas: “Não houve combinações verbais com nenhum dos concorrentes. O contrato dizia que eles tinham de se adaptar às condições das tribos onde iam ser inseridos, foi assinado e todos concordaram. O que nós assegurámos com a produtora foi que a integridade física e a segurança dos concorrentes estavam asseguradas. O que pode ter acontecido é eles terem sido surpreendidos com o que encontraram. Provavelmente, não estavam à espera que fosse tão duro.”
Quiosque: Nova Gente