Boa noite. Fechamos este sábado com a habitual crónica de Nuno Azinheira, retirada do Diário de Notícias.
Coisas para rir
1. O regresso especial do 5 para a Meia-Noite, esta semana, para entrevistas aos candidatos dos principais partidos às eleições do próximo dia 5 de Junho revela duas coisas: em primeiro lugar, o peso e a importância que Filomena Cautela, Nilton, Pedro Fernandes, Fernando Alvim e Luís Filipe Borges ganharam no panorama televisivo português nos últimos dois anos. Eles são hoje os porta-estandartes de uma geração de jovens que habitualmente não vê televisão generalista e que a RTP2, em boa hora, conseguiu resgatar. Em segundo lugar, é a prova de que, em tempo eleitoral, os políticos fazem tudo em busca de votos. E, nesse particular, José Sócrates é um caso à parte. Se não houvesse eleições em breve e votos por conquistar, o seu gabinete nem responderia. Como aconteceu há três ou quatro meses quando Herman José lhe formulou o convite. Prioridades...
2. A RTP2 prepara-se para estrear, já na segunda- -feira, Café Central, uma animação 2D, em que seis personagens animadas comentam a actualidade, que vai passando a partir de imagens reais dos telejornais dessa noite. O projecto parece interessante, até porque tem a marca de qualidade de Henrique Oliveira, José de Pina e Filipe Homem Fonseca, nomes bem conhecidos do guionismo humorístico nacional. À partida, e ainda antes de ver o primeiro episódio, uma perplexidade e um desencanto: a hora de exibição tardia (00.30) e a caracterização estereotipada das personagens (um portista comerciante, um benfiquista taxista, um sportinguista monárquico, uma consultora em busca de clientes, um crítico de cinema que ninguém entende e um bêbado profissional). Veremos como os textos conseguem fintar este excessivo afunilamento temático.
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