Dizem que o número sete é dotado de muita mística e que é o número da sorte para muito boa gente. Pois, parece que este ano de 2010 teve um mês sete bastante produtivo. Gabriela Sobral deixou a TVI, António Feio despediu-se dos portugueses, Achas que Sabes Dançar chegou ao fim e Projecto Moda estreou na RTP. Ainda assim, houve alguém que marcou ainda mais este sétimo mês do ano e esse alguém é, claro está, Fátima Lopes!
Ainda hoje me recordo do Vida Nova de dia 2 de Julho. Tal como sempre fizera, a apresentadora despediu-se dos telespectadores com um simpático “até segunda, bom fim-de-semana”. Mal imaginava eu que no dia seguinte aquilo que ninguém esperava se tornasse numa realidade: Fátima Lopes rescindira o contrato com a SIC e estava a caminho da rival TVI. Ainda hoje não percebo como digeri esta notícia. Fui de imediato comprar os jornais e deparei-me com a triste realidade. Não, não era mentira. Aquela que era, há já algum tempo, “a cara da SIC” estava mesmo de saída.
Muito aqui falei sobre este tema. As razões que a teriam levado a trocar de camisola, a deixar o canal que a ajudou a ser quem é na actualidade. Os projectos que se seguiriam na sua carreira. O impacto que tudo isto teve na sua vida. Muito se especulou, muito se escreveu e, tal como sempre acontece, nunca se chegará a saber a verdade total.
Ainda assim, dentro de tudo isto, o mais triste mesmo foi a forma como tudo se passou. A indiferença com que tal situação teve junto da apresentadora (acredito que lhe tenha custado muito, mas não o passou cá para fora), a forma como tudo se processou. Fátima chegou a dizer, em entrevistas, que a SIC não a deixara despedir-se do seu público e mostrou arrependimento por tal situação. Não sou nada nem ninguém para a julgar, muito pelo contrário, mas convenhamos que as coisas poderiam ter sido tratadas de outra forma. E é claro que por parte da administração de Carnaxide também.
Mas o sentimento de perda, a tristeza de muitos fãs, onde eu me incluo, por tudo o que se passou foi imensa. Mas, Fátima Lopes era mais do que a SIC, era mais do que a apresentadora actual das tardes do canal: ela era uma das comunicadoras que melhor faz aquilo que muitos tentam fazer: apresentar e interagir com o seu público. E por isso, por ser quem é, por ser uma mulher de que é difícil deixar de se gostar, hoje está no lugar em que está e continua a ter uma grande legião de fãs, no Facebook são já quase 5000.
Esteja ela na TVI, na SIC, na RTP, na Globo, na TV E. Ela será sempre a nossa Fátima Lopes e não tenho dúvidas de que não sou o único a ter esta opinião.
Foi por tudo isto, pelo impacto que teve junto da crítica, por ter aberto uma verdadeira “guerra” entre as televisões privadas portuguesas, por ter desencadeado a desconfiança de “quem virá a seguir”, que a ainda apresentadora de Agora é que Conta é a escolhida para Protagonista de Julho. Ela que, mais do que ninguém, sabe perfeitamente o impacto que este sétimo mês de 2011 teve na sua vida, na sua carreira, no seu futuro. E que grande que é Fátima Lopes.
Curioso mesmo é o facto de se preparar para voltar a fazer algo que já fez na sua anterior estação. Mas isso, isso são outras conversas…