Aqui ficam as audiências relativas ao dia de ontem que ainda não foram divulgadas pelo blog:
Morangos com Açúcar - 5,1% de rat e 24,9% de share
Pai à Força - 4,9% de rat e 25,1% de share
Filme: Golo 2 - 4,8% de rat e 27,1% de share
20:00 - 21:00
Jornal da Noite - 9,5% de rat e 34,2% de share
Telejornal - 8,6% de rat e 32,6% de share
Jornal Nacional - 7,0% de rat e 26,7% de share
21:00 - 24:00
Caminho das Índias - 6,0% de rat e 25,7% de share
Festival Lusa Vox - 4,8% de rat e 15,4% de share
A marca SIC é forte. A relação afectiva com os portugueses está lá e existe, mas está ainda adormecida
A SIC está a sentir na pele anos e anos de desfocagem com o essencial: o público. Por isso, como era fácil prever, não bastava sair de Carnaxide e voltar-se para o povo, percorrendo o país real, para receber os lucros na hora. A subida da estação no Verão explica-se pelo crescimento no horário nobre (sobretudo através do Salve-se Quem Puder! e do futebol que tem tido) e pela força da sua programação de fim-de-semana. Ou seja, a subida da SIC não está relacionada com a sua descentralização, com a exteriorização da sua marca.
SIC ao Vivo, o programa em directo das manhãs e das tardes da estação, foi então um erro?, perguntará o leitor. Não, não foi, respondo. A aposta de Luís Marques e Nuno Santos é correcta: a estação tem de recuperar o seu lugar no coração dos portugueses. Mas esse caminho é longo e sem frutos imediatos.
A prova está nas audiências: se à tarde, o programa consegue quotas de mercado médias que oscilam entre os 23 e os 26%, tornando-se competitivo em relação à concorrência, já de manhã, os resultados são quase sempre inferiores a 20 pontos percentuais, num segmento horário em que a competitividade é muito maior.
A relação afectiva da SIC com os portugueses está lá e existe (basta ver o entusiasmo genuíno das pessoas, quando convocadas para participar na "festa da SIC", como tive ocasião de presenciar in loco em duas ou três situações), mas está adormecida. É preciso continuar a despertá-la.