2 de outubro de 2010

Televisão-Opinião na cobertura ao reality-show da TVI!


É já amanhã que poderá contar no Televisão-Opinião com uma cobertura inédita ao novo reality-show português: A Casa dos Segredos! Após o término da nova aposta da TVI, o Tiago Henriques dar-lhe-à uma análise detalhada a tudo o que se passou!

Avisamos igualmente que está em calha uma nova temporada de Diário de um Ídolo no Televisão-Opinião, quando as galas do talent-show da SIC começarem.

Audimetria Semanal



Boa noite. Seja bem-vindo à vigésima sétima edição da rubrica de audiências do Televisão-Opinião/TV Universo: Audimetria Semanal.

A semana de... Praça da Alegria


O talk-show da RTP1 regressou em força! Apesar de Você na TV! ter dado luta, a Praça da Alegria demonstrou que, apesar dos quinze anos, as manhãs da estação pública continuam a ser apelativas para os portugueses. Com um rating médio de 3,1% e um share superior a 30 pontos, o programa apresentado por Jorge Gabriel e Sónia Araújo surpreendeu. Quem ficou mais longe foi Companhia das Manhãs, que não arranca nem com todas as contratações que foram efectuadas. Rita Ferro Rodrigues bem tenta puxar pelo público, mas a sua licença de maternidade está para muito breve e, cá para mim, duvido que Francisco Menezes consiga aguentar com o barco. Com a concorrência do terceiro canal mais fraca, tanto a Praça como o Você têm o caminho mais facilitado. Por isso, nesta primeira semana de confronto, posso afirmar que duelo foi ganho pelo talk-show matinal da RTP1. Será que se manterá nesta posição nos próximos oito dias?

Na Mó de Cima - Entre Vidas


Não é por ser uma série que não merece destaque nesta rubrica. Entre Vidas, produção norte-americana que é transmitida aos sábados à tarde, após o E-Especial, tem conseguido captar a atenção dos telespectadores da SIC. Semanamente, a série tem obtido bons resultados, contribuíndo de forma positiva para o share diário da estação de Carnaxide. Por exemplo, no último sábado, os dois episódios transmitidos alcançaram 5% de rating/31,7% de share e 4,4% de rating/29,2% de share. Sabendo que nesse dia, o canal de Pinto Balsemão se ficou pelos 22 pontos, percebemos que Entre Vidas foi dos conteúdos transmitidos que mais contribuíram para que o canal subisse nas audiências. No entanto, tal como é possível compreender, dois episódios de uma produção que ocupam duas horas de programação, não conseguem salvar a média de um share diário. Sim, ajudam. Porém, não chegam.



A Mina - Lado B


O regresso de Bruno Nogueira aos ecrãs da estação pública não correu bem. O início da segunda temporada de Lado B acabou por ficar na casa dos 8% de share, fora dos dez programas mais vistos da RTP1. Conseguiu por isso contribuir para o fraco resultado do primeiro canal do último domingo - 18,7% de share. Esperava mais para o programa de Nogeira, sabendo que este constituí uma excelente alternativa para os episódios das novelas das estações de Queluz de Baixo e de Carnaxide. No entanto, não foi isso que aconteceu. Aponto como principal causa a baixa promoção de Lado B e Herman 2010. Sim, o regresso de Herman José também não correu bem ao canal do Estado. Olhando para os quadros de audiências, percebemos que o programa do famoso humorísta português não consta entre os dez mais vistos do dia 26 de Setembro.

Seria bastante prudente, por parte de José Fragoso, ter desenvolvido uma boa campanha a anunciar as estreias de Herman 2010 e Lado B. Infelizmente isso não foi feito, e os resultados ficaram à vista de todos. Foi pena...

MMV - Minuto Mais Visto da Semana

Esta semana, o Minuto Mais Visto pertenceu à RTP1. O episódio de Espiríto Indomável alcançou, às 22:19, do dia 24 de Setembro, 18,3% de audiência média e 47,4% de share.
Em segundo lugar ficou Jornal da Noite, da SIC. No dia 20 do mês passado, o noticiário da estação de Carnaxide conseguiu atingir os 13,7% de rating às 20:45.

Porque No Te Callas Nuno Santos?


Foi há pouco tempo que Nuno Santos, director de programas da SIC, afirmou que a concorrência estava receosa com as novas apostas da estação de Carnaxide. Com Ídolos no primeiro lugar do top de audiências de domingo, o marido de Andreia Vale não previa que o novo concurso da TVI estreasse no próximo dia 3 de Outubro. Caso contrário, seria impensável transmitir mais de duas horas de "cromos" no último domingo. Se Nuno Santos não receasse o possível fenómeno que A Casa dos Segredos se pode tornar, então não teriam sido emitidos dois episódios do talent-show da SIC. Palavras para quê? Penso que a opção do director de programas do terceiro canal apenas desgasta o programa. No entanto, cada um sabe o que faz e o que diz. Por Que No Te Callas Nuno Santos?



Uma pergunta a... André Cerqueira


Não entendi as declarações do director de programas da estação de Queluz de Baixo em relação ao novo programa de Teresa Guilherme. Segundo ele, a nova justiceira de Queluz de Baixo vai criar polémica na TVI 24. No entanto, questiono eu, o canal de notícias da Media Capital não deveria sobressaír-se pela imparcialidade, pela forma como trabalho a notícia, pelo modo que informa? Se sim, para quê querer lançar polémica no TVI 24? Fará sentido este condimento fazer parte de um canal deste género? Custa-me a acreditar que sim.

Até para a semana!

Esqueceram-de de... Carla Lupi!

Boa noite. Seja bem-vindo a mais um Esqueceram-se de Mim. Carla Lupi é a relembrada desta noite!


Carla Lupi já foi casada com um dos maiores actores portugueses, Vítor Norte. Juntos, tiveram dois filhos, que curiosamente seguiram a veia da representação dos pais: Diogo Norte e Sara Norte.
Até 2003, Carla Lupi foi presença assídua em novelas, séries, talk-shows.
Na RTP integrou o elenco de Ponto e Vírgula (1984), Cinzas (1992), A Banqueira dos Povo (1993), Terra Mãe (1997), Esquadra da Polícia (1998) e Segredo de Justiça (2001).
Já na SIC, deu nas vistas em Médico de Família (1999), Uma Aventura (2000) e Bairro da Fonte (2002).
Por fim, e na estação de Queluz de Baixo, a actriz foi convidada a participar Telhados de Vidro (1994), Crianças S.O.S (2000), Filha do Mar (2001), Anjo Selvagem (2002) e Tudo Por Amor (2003).

Apesar de alguns destes trabalhos se terem baseado em convites para criar uma personagem num episódio único, o que é certo é que a actriz conseguiu demonstrar às produtoras que a sua pessoa poderia dar mais brilho a uma série ou a uma novela.


Nos seus anos de ouro, Carla Lupi participou ainda em alguns filmes portugueses. Exemplo de Os Imortais, em 2003, de António Pedro Vasconcelos, Aqui na Terra, em 1992, de João Botelho, No Dia dos Meus Anos, em 1991, de João Botelho e Malvadez, em 1989, de Luís Alvarães. De referir ainda que, em 95, a actriz foi convidada para integrar o elenco de um filme luso-brasileiro, Terra Estrangeira.

A carreira da ex-mulher de Vítor Norte não se ficou por aqui! Para além de cinema, novelas ou séries, Carla Lupi fez ainda parte da direcção do elenco juvenil de algumas séries, tais como Médico de Família (1997 a 2000) e Uma Aventura (2000 a 2001).

De todos os trabalhos que aqui referenciei, percebe-se que existe algo em comum: nenhum deles ultrapassa o período de 2003.
Sendo 2010 o ano corrente, destaco que o último trabalho conhecido até à data desta actriz foi uma participação especial em Chiquititas, há dois anos atrás.

Perante isto, posso afirmar que Carla Lupi teve um autêntico interregno de sete anos de trabalho na televisão. Porquê? As produtoras esqueceram-se? A actriz recusou-se a convites que lhe foram propostos? Os mais novos ultrapassaram o talento de Carla Lupi? Duvido.
Terá o divórcio contribuído para esta falta de trabalhos? Ou terá sido o afastamento da filha dos ecrãs a principal causa desta desarmonia televisiva? Algo se passou, algo se está a passar.
E é pena, pois considero Carla Lupi uma grande actriz. Recordo-me de alguns dos trabalhos que aqui enunciei, e sempre a coloquei no patamar daqueles que possuíam um talento natural para a representação. Perante isto, e tendo por base toda a carreira da mãe de Sara e Diogo Norte, o que estão as televisões à espera de a convidar para as suas produções? Só têm a ganhar!

Marcelo Rebelo de Sousa e a sua relação com a TVI


Foi a 23 de Maio de 2010 que Marcelo Rebelo de Sousa regressou à TVI. Depois de seis anos sem comentar no canal da Media Capital, o professor sente-se satisfeito com este novo desafio, mesmo não tendo José Eduardo Moniz a seu lado. "A minha teoria é de que mesmo os mais exepcionais não são insubstituíveis. E eu, que sou professor, tive vários alunos insubstituíveis, encontrei alunos que à partida não eram excepcionais a fazer carreiras tão boas como os ditos excepcionais. Acho que não podemos ficar presos ao passado. Moniz fez um percurso notável, mas esta é uma nova fase", confessou à Notícias TV desta semana.

Em relação às audiências do Jornal Nacional ao domingo, dia que marca presença no noticiário, Marcelo Rebelo de Sousa aponta que actualmente o público, no geral, está mais desperto para os acontecimentos do país. "A mulher passou a ser mais activa e a ter uma maior participação na vida política. Em 2000, eram os homens que faziam as intervenções políticas e me mandavam cartas, agora são muitas mulheres. Tudo o que é saúde, educação, segurança social e problemas do quotidiano são assuntos que as mulheres já dominam e esse, sinto, é uma diferença muito grande", explicou.



O comentador da estação de Queluz de Baixo falou ainda da boa relação que tem com o director de informação da TVI, Júlio Magalhães: "O Júlio é uma boa surpresa para quem não o conhece bem. Eu acho que o conheço bem porque isto de estarmos muitos anos, todas as semanas, o encontro, o estar a conviver em estúdio e fora de estúdio, dá para conhecer as pessoas. O Júlio Magalhães foi muitas vezes subestimado. Houve quem dissesse que ele é um óptimo pivô, quem lhe chamasse um óptimo entretainer, mas isso também me chamaram a mim". Rebelo de Sousa acrescentou ainda o seguinte: "O Júlio tem qualidades pessoais que são fundamentais para uma chefia num tempo de transição. Num tempo de transição, qual era o risco a seguir à saída de José Eduardo Moniz? Era a... orfandade. Era ficar a sonhar com o "pai", com o regresso do "pai". Como é que vamos viver sem o "pai"? E nós vamos morrer sem o "pai"! Bom, o que é facto é que nesse período de transição houve, numa equipa que é ampla, uma pessoa que tem uma empatia natural para compreender os outros, para amortecer choques, para digerir sensibilidades, como foi o estar na boca do mundo todos os dias com o caso PT/TVI... Aguentar isto com boa disposição e com inteligência, sabendo gerir o espaço de manobra, requer muito talento".



De referir ainda que o professor universitário, não respondendo se Manuela Moura Guedes faz falta à televisão portuguesa, afirmou que o seu estilo marca a informação portuguesa. "Manuela Moura Guedes sempre foi uma figura muito dinâmica e activa na televisão portuguesa. Tinha um estilo muito pelicular de informação e as pessoas podiam gostar ou não", avançou à revista do Diário de Notícias.



Por fim, o militante do PSD falou ainda da possibilidade de Moniz integrar a direcção de programas da SIC. "Vamos ver. Só depois da resposta dele (Francisco Pinto Balsemão) é que vamos ver se o espaço de regresso de Moniz é maior ou menor".



Quiosque: Notícias TV

Esta noite..

... dose dupla com mais uma edição da rubrica Esqueceram-se de Mim e Audimetria Semanal. Sintonize-se a partir das 20:00!


15 de Outubro marca a reentré da SIC Mulher


Outubro marca a estreia de vários formatos nacionais na grelha da SIC Mulher. A partir da segunda quinzena do mês, Ana Rita Clara, Adelaide de Sousa e o chefe Chakall regressam com novos formatos, enquanto que Maria do Céu Santo estreia-se nos ecrãs do canal temático.

A partir do próximo dia 15, o espaço diário das 19h passará a estar a cargo de Ana Rita Clara, com o novo talk-show Mais Mulher. Adelaide de Sousa deixa assim o extinto Mundo das Mulheres para assim conduzir Entre Nós, um formato semanal de entrevista às mais variadas personalidades e que seduz bastante a apresentadora: “É um projecto à minha medida, que me está a dar muito prazer. É um programa mais calmo, maduro, que exige mais trabalho e concentração”, explica Adelaide.

Também no dia 15 de Outubro, a médica obstetra e ginecologista Maria do Céu Santo estreia-se a solo na condução de um programa televisivo. Amor Sem Limites irá para o ar todas as sextas-feiras à noite e pretende juntar, todas as semanas, quatro personalidades de diferentes quadrantes nacionais para discutirem de forma descomplexada temas relacionados com a sexualidade.

Sofia Carvalho, directora da SIC Mulher, vê nesta aposta em produtos nacionais uma das principais metas do canal: "A aposta em produções e conteúdos nacionais continua a ser um dos grandes objectivos da SIC Mulher", afirma.

Quiosque: Diário de Notícias, TV Mais

Episódio Seguinte


Boa Tarde! Seja bem-vindo a mais um Episódio Seguinte!


Inês revela quem é Diana




A malvada filha desaparecida de Eunice está prestes a ser desmascarada. Tudo porque a sua crueldade começa a ser cada vez maior, ao mesmo tempo que a jovem começa a dar demasiado nas vistas. É a própria Inês quem a desmascara.


Tudo começa a desenvolver-se quando a vilã inicia uma relação com João. Por esta altura, o restaurante M é encerrado, após ter sido descoberto veneno no depósito de sal. É aqui que a antiga noiva de João confronta Diana, questionando-a os motivos pelos quais lhe causa tanto mal, ao que a vilã responde tratar-se de uma pequena vingança, ainda que não o diga directamente. Inês mostra-se surpreendida com a resposta e não a percebe.


Posto isto, a proprietária do M toma a decisão de revelar ao ex-namorado que a antiga empregada não é “flor que se cheire”. A conversa não corre bem e João acaba por acusar Inês de estar a inventar tudo só para prejudicar Diana. Como se não bastasse a dor de perceber que o amado está a ser enganado, a jovem é ainda arrasada, com as acusações de invejosa e mesquinhez de que é alvo.

Ana Marta grávida de trigémeos




A dona da loja de noivas começa a sentir-se mal e é Francisca quem a socorre. Apesar de ficar melhor, Ana Marta recebe um alerta da namorada de Gué: pode estar grávida, uma vez que não é a primeira vez que sente enjoos. A empresária nem quer pensar nessa hipótese e, irritada com o assunto, manda a jovem calar-se.


Algum tempo depois, na boutique, Elsa e Rosa comentam o facto de a patroa ainda não ter chegado e de, nos últimos tempos, andar muito enjoada. As duas raparigas chegam à conclusão de que, daqui a nove meses, Ana Marta descobrirá o que se passa e não conseguem conter o riso.


Ainda na casa de Joaquim, Francisca volta a insistir na história da gravidez e sugere que a empresária faça um teste. Farta dos enjoos, a dona da loja de noivas faz o teste, para ficar a saber o que, realmente, se passa. Mais tarde, ao tentar fazer o teste, fia sem luz e acaba por não conseguir. Assim, decide ir à clínica, onde recebe a boa nova: está grávida de trigémeos. Surpreendida, desmaia! Ao saber que vai ser pai, Joaquim decide que a primeira filha terá que se chamar Georgette!


CURTAS:


Em Espírito Indomável, a obsessão por é tão grande que Hugo não olha a meios para conseguir conquistar a jovem e, sem escrúpulos, ajuda Rodrigo a ser bem-sucedido num negócio de carnes, prejudicando Joaquim.


Em Meu Amor, Caetano morre depois de uma discussão com Estela. Feliz da vida, a vilã sorri, vitoriosa por estar a enfraquecer Helena.


Em Morangos com Açúcar, Lourenço está cada vez mais apaixonado por Marta, mas Andreia continua a fazer de tudo para os separar.


Em Caras e Bocas, Anita dá à luz durante o casamento de Clô e acaba por retirar o protagonismo aos noivos, que ficam irritados.


Em Passione, Fred fia com o dinheiro dos Gouveia desviado por Saulo, fecha a metalurgia e deixa toda a família na miséria.


Em Negócio da China, depois de perceber que não tem mais oportunidades com Adriano, Abigail aceita trabalhar como dama de companhia de um velho milionário.


Quiosque: Telenovelas, TV Guia, Maria, Mariana

Sofia Arruda e Isaac Alfaiate na próxima novela da TVI



   

Os jovens actores, Sofia Arruda e Isaac Alfaiate estão já escalados para a próxima novela da TVI que irá substituir Mar de Paixão. Ainda sem nome provisório, sabe-se que esta nova aposta será escrita por Maria João Mira  e que as gravações, essas, deverão arrancar já a partir do final do ano.

Questionado sobre a possibilidade de vir a integrar a nova novela da TVI, Isaac Alfaiate confirmou essa mesma hipótese mas não adiantou grandes pormenores em torno da nova trama: "Não posso revelar mais nada  até porque ainda nem sei qual é o nome da personagem nem da novela. Eu gostava que fosse um vilão, mas vamos ver!"

Sofia Arruda, por sua vez, também garantiu que irá fazer parte da novela substituta de Mar de Paixão.

Quiosque: Notícias TV

Momentos


Tal como Êxtase e Catarina.com, 5 Estrelas foi outro dos muitos magazines que a SIC transmitiu. Ana Rita Clara era uma das caras do programa. Relembre agora o programa:


Fecho


Boa noite. O Fecho de hoje incluí uma crónica da autoria de Joel Neto, retirada do Diário de Notícias.

Polémicas ao estilo RTP

Ainda é apenas um rumor, mas as reacções não se fizeram esperar. Sandra Felgueiras, que é bonita e eficaz, e António Esteves, que é bonito e uma força da natureza, estarão na calha para se tornarem nos novos pivôs do Jornal 2, da RTP2. Pois já está toda a Marechal Gomes da Costa em guerra surda - e, inevitavelmente, alguém já infiltrou, nas entrelinhas da resistência, a suspeita de que Sandra Felgueiras e António Esteves foram escolhidos pelo próprio Partido Socialista, em mais uma manobra para condicionar o funcionamento dos media públicos.


A história beneficia de precedentes válidos, mas é absurda. Que sempre houve, desde o início da RTP, influência governamental na marcha da estação, não vale a pena discutir. Que o PS gere de forma habilidosa a sua relação com a RTP, menos ainda.


E, no entanto, Sandra Felgueiras é apenas filha de uma antiga autarca socialista a quem o partido retirou confiança. E António Esteves é apenas marido de uma assessora do Ministério da Justiça. Até eu, que não voto PS há dez anos, tenho familiares, amigos e vizinhos de alguma forma ligados ao partido do Governo. Este país é um bidé - como evitá-lo?


Independentemente de Sandra Felgueiras e António Esteves, tudo não passa, mais uma vez, da exacerbação daquela que é a dimensão mais sombria da RTP: o seu "estatismo" (no pior sentido da palavra, se é que há um bom), incluindo as tradições das diuturnidades e da promoção por antiguidade (e, naturalmente, a resistência da estrutura sempre que o mérito represente um mínimo papel na rotina da empresa).


E o problema não é só que ainda não tenhamos saído daqui: é também que não haja sequer a mínima perspectiva de que algum dia saiamos.