27 de setembro de 2010

Frente a Frente



Boa noite! O Frente a Frente de hoje não só coloca em duelo duas das mais emblemáticas séries familiares da televisão portuguesa, como as recorda. Médico de Família e Super Pai estão em confronto nesta segunda-feira!



Médico de Família e Super Pai foram, sem dúvida, duas das melhores séries portuguesas que chegaram aos ecrãs dos portugueses. Transmitidas na SIC e TVI, estes dois produtos de ficção demonstraram que não só as novelas conseguem agradar a gregos e a troianos.
Ao recordar algumas imagens de Médico de Família, muito simbolismo vem ao de cima. Para começar, foi uma série que acompanhou a minha infância, que muitos bons serões televisivos me proporcionou. A bonita história de uma família, com os seus altos e baixos, acabou por ser um sucesso. Fernando Luís, Florbela Queirós, São José Lapa, Maria João Abreu, o inesquecível Henrique Mendes, José Raposo, Manuela Marle, Leonor Alcácer, Rita Blanco, Francisco Garcia, Rodrigo Saraiva, entre outros, tantos outros, foram os responsáveis pelo que foi Médico de Família.


É bastante engraçado verificar que muitos dos referidos actores cresceram a partir desta série. Francisco Garcia, que hoje trabalha em Espanha, Sara Norte, que está prestes a integrar um novo projecto televisivo, Rodrigo Saraiva, que tem marcado presença em várias novelas da SIC e TVI, são alguns desses exemplos. Médico de Família foi uma autêntica escola para eles, e também para os portugueses, que se deliciaram com as peripécias das personagens da história da estação de Carnaxide.
Afinal, a família de Médico de Família aparentava ser uma família normal, uma família tipicamente portuguesa, uma família unida. Os vizinhos, os namorados, as mudanças de casa, os problemas, a viuvez, a velhice, a amizade, o amor, foram temas muito bem retratados e bem trabalhados.


E é isto que falta à televisão portuguesa actual. Falta união. Faltam famílias em frente ao ecrã para ver um programa. Actualmente, um lar é composto por várias televisores, através dos quais as várias pessoas de um agregado famíliar acompanham diferentes programas. Por outras palavras, a "caixinha mágica", que deveria ser um bem que proporcionasse um momento descontraído entre os membros de um lar, deixou de ter essa função. Faltam produtos de ficção que consigam unir os portugueses, que os consigam juntar aos ecrãs, que consigam apagar as televisões dos quartos e da cozinha, de modo a concentrarem-se todos na sala. Falta união, repito.

E, na minha opinião, foi isso que a série Médico de Família proporcionou aos portugueses. Criou momentos, sorrisos, abraços, toques, sensibilidade, amor. Por isso, defendo que a estação de Carnaxide deveria voltar a apostar neste produto de ficção. Para quê reinventar apanhados ou séries para jovens? Porque não lançar algo que já foi um sucesso no passado. É um risco, é verdade. Mas poderá ser uma grande vitória. Os actores não seriam os membros, a história teria de inovar. No entanto, se no passado se conseguiu criar uma série de qualidade, hoje, com os meios que existem, com os guionistas que existem, é impossível que a qualidade obtida não seja muito superior.


Quando sugiro um remake deste Médico de Família, proponho algo bem pensado, com um bom orçamento, de modo a surpreender os portugueses. A nossa nação precisa disso. As novelas são importantes pois, segundo os analistas, fazem desaparecer por momentos, os problemas que afectam a vida dos telespectadores. E as séries? Não conseguirão elas também, e tal como no passado, prender milhares e milhares aos ecrãs?

Nuno Santos, pense nisso. Por vezes o passado é a resposta para os nossos problemas. E Médico de Família poderá ser a solução de um da SIC.


Ainda hoje falo em Super Pai quando me pedem uma série de eleição. Era eu um autêntico “puto” quando comecei a ver as aventuras da família Figueiredo. Muito eu falava na Camila, Carmo ou na Clarinha desta história.

Tudo começou no ano de 2000 e em 2002 ainda esta produção estava nos ecrãs da TVI. A meu ver, Super Pai, não sendo um original português, foi uma das primeiras grandes produções nacionais na ficção do canal de Queluz de Baixo.


Para além de muita diversão e aventura esta série apelava também muito aos sentimentos de quem a via. Não só pelo facto de as três filhas de Vasco serem órfãs de mãe, como também pela história de amor do patriarca dos Figueiredo com a empregada Isabel. Quem não se lembra das peripécias causadas pela mais pequenina das irmãs? Ou dos complicados amores da do meio? São estas recordações, estas lembranças que ainda hoje muita gente tem, que provam o sucesso que a produção fez junto do público português.


Há ainda que ter em mente que Super Pai foi um marco e lançou para a ribalta actores que ainda hoje ajudam a embelezar a nossa televisão, como Sofia Arruda, por exemplo. Por outro lado, ajudou “veteranos” a conquistar o coração dos portugueses, casos de Luís Esparteiro ou Sandra Faleiro.

Para a época em que foi produzida e realizada, a história estava fantástica. Tinha bons cenários, uma história que, não sendo muito diferente, tinha a sua piada e, acima de tudo, possuía um fio condutor.



Por tudo isto, acredito que seria possível, nos tempos que correm, voltar a ser feita uma nova versão da série. É claro que nunca seria a mesma coisa, mas, com algumas modificações, o sucesso seria quase certo. E novos talentos poderiam ser lançados.

Super Pai? Tenho saudades e não são poucas!




Iniciado um novo Frente a Frente, damos por encerrado o anterior. Neste sentido, aqui fica o resultado da sondagem que opunha as opiniões entre João Perry/Sinde Filipe:

Sinde Filipe, por Diogo Santos - 54%
João Perry, por Tiago Henriques - 46%

Falar Televisão

Projectar Talento

E pronto, Projecto Moda chegou ao fim. Oito semanas volvidas desde o seu início, o programa da RTP despediu-se dos portugueses.

O sucesso em termos audiométricos não foi muito, mas, acima de tudo, a versão portuguesa de Project Runway ajudou a estação pública a chegar a um outro tipo de públicos.


Já aqui o confessei por diversas vezes, mas não me canso de o fazer: Projecto Moda é um dos meus formatos televisivos de eleição. Talvez por possuir o factor extra de ser um talent-show sobre criadores de moda, área que me fascina bastante.

Por mim, no próximo domingo começaria já a segunda temporada, claro que com algumas alterações. Mas não, por enquanto, não há previsões para uma nova edição, o que, a meu ver, é uma pena.


Independentemente de a vitória de Carina Duarte ser discutível, penso até que a de Pedro Reis também o seria, cada um dos dez concorrentes ganhou qualquer coisinha com Projecto Moda. Mas não só os designers ganharam. Também a Freemantle provou ser uma das melhores produtoras do momento.

O programa da RTP teve uma produção e realização fantásticas que só ajudaram a torná-lo ainda melhor.

Resta esperar que o director de programas da estação pública pense numa nova temporada da adaptação portuguesa de Project Runway. Porque em Portugal, há muito, muito talento no desing de moda! É preciso é que a RTP não tenha “medo” de voltar a arriscar! Tenho quase a certeza que os mais de 9000 fãs do programa no Facebook partilham da minha opinião!

Carina Duarte: "Não vou desperdiçar nenhuma oportunidade"


Foi aos 10 anos que desenhou o primeiro vestido, e as 25 que venceu a primeira edição do concurso de moda da estação pública, Projecto Moda.
Afinal, o que há de especial em Carina Duarte? Talvez a força de vontade que a designer tem. Segundo ela: "Não vou desperdiçar nenhuma oportunidade".

Com o desejo de um dia poder vestir Catarina Furtado, Carina Duarte deixa escapar que o concurso de RTP1 lhe ofereceu uma grande experiência profissional. "
Foi o melhor estágio que podia ter tido", confessou ao Diário de Notícias.
Afinal, segundo ela, os apoios para os aprendizes de moda são poucos, acabando muitos por ficar longe das passareles. "
Queria mostrar o que valia. Essa é a principal dificuldade: não há um apoio consistente ao design de moda. Temos imensa mão-de-obra qualificada que não é aproveitada", explicou.

A preparar já o desfile que vai apresentar no Portugal Fashion no próximo mês, a vencedora de Projecto Moda avançou ao referido jornal que, apesar de estar nervosa, tem feito os possíveis para conseguir realizar um bom trabalho para apresentar aos mais curiosos.

Resta então esperar, para começar a ouvir o nome desta jovem além fronteiras!

Quiosque: Diário de Notícias

Esta noite...

O Frente a Frente espera-o às 21:00! Até lá, sintonize-se com o Televisão-Opinião!

Fala-se 27/09/2010


Boa tarde e bem-vindo ao primeiro Fala-se desta semana!


Marta Leite Castro


Foi na passada noite de sexta-feira em que a apresentadora do magazine Só Visto! assumiu publicamente a sua nova relação amorosa, desta vez com o empresário Bernardo Mendonça, ex-namorado da actriz e cantora Lúcia Moniz.

Na festa do terceiro aniversário da revista Time Out Lisboa, que decorreu no Museu de Arte Popular, em Lisboa, Marta de 31 anos e Bernardo de 35, não esconderam a forte cumplicidade que os une posando para os fotógrafos de uma forma bastante romântica.



Daniela Ruah




A avó paterna de Daniela Ruah, Ester Ruah, sofreu um AVC há cerca de uma semana. Apesar de ainda estar internada no Hospital de São José, em Lisboa, a avó da actriz encontra-se relativamente estável e a reagir bem aos tratamentos.

Esta é uma notícia que abala Daniela, visto que a jovem actriz mantém uma forte ligação com a família. Ainda este ano, a actriz confessava numa entrevista quanto lhe custa despedir-se dos familiares sempre que parte de volta para os EUA: “Não há vez em que me despeça deles que eu não vá para o carro a chorar”, disse.

 
Quiosque: Vidas, Notícias TV

Ana Lúcia: "Sinto tristeza pela desvalorização que dão à apresentadora que faz um programa àquela hora da noite"



Ana Lúcia, apresentadora de Sempre a Somar deu, esta semana, uma entrevista à revista Lux.

A jovem de 26 anos confessou que o programa das madrugadas da TVI tem sido uma verdadeira escola. "...nunca sabemos tudo e estamos sempre a aprender, mas como é um programa em directo, sem teleponto, em que o improviso é a palavra de ordem, aprende-se muito porque temos de estar preparadas para tudo o que possa acontecer", afirmou à publicação da Media Capital.
Há mais de dois anos à frente de Sempre a Somar, foram muitas as peripécias que a apresentadora já assistiu. "Desde o câmara desmaiar a ficar sem luz ou o cenário cair... E tive de continuar ali como se nada fosse. Já para não falar nas chamadas inesperadas que podem acontecer", confessou.

Apesar de ter vontade de crescer, e de se considerar apta para integrar um novo desafio, Ana Lúcia não tem vergonha de integrar os call-tv da noite, programas que muitos criticam. "Sinto tristeza pela desvalorização que dão à apresentadora que faz um programa àquela hora da noite. Naquele horário não tem tanta credibilidade. É desvalorizado. Se fosse um tal e qual aquele, mas no horário das 17h, como o Quem Quer Ganha, sei que a valorização seria outra. O meu objectivo, e estou a trabalhar para isso, é poder mostrar-me e dar-me a conhecer a outro publico e a outra hora, de dia. Em si, o programa é excelente, divirto-me imenso e ainda me permite ter o dia livre para fazer outro tipo de trabalhos", explicou.

Por fim, a apresentadora avançou que a presença de participantes em estúdio, seria um óptimo presente da estação de Queluz de Baixo para si. "Tenho uma vontade imensa de ter participantes em estúdio. Contacto com as pessoas cara a cara, olhos nos olhos. É isso que espero um dia poder fazer. Tenho trabalhado para isso", afirmou.

Quiosque: Lux

Revista de Imprensa 27/09/2010


Segunda-feira, dia 27. Bem-vindo à Revista de Imprensa de hoje!


Sílvia Alberto promete talento na OT 2010



Numa altura em que decorrem os castings para a quarta edição da Operação Triunfo, a apresentadora do concurso Sílvia Alberto garante que na edição deste ano há bastantes jovens promessas para o mundo da música apesar de um maior grau de exigência por parte do júri: “O júri ficou satisfeito com o talento que encontrou até agora”, revelou.

E vai ser uma Sílvia Alberto muito mais madura a que iremos ver na OT 2010. A própria apresentadora confessa que se sente mais capaz do que há dois anos atrás e não esconde a vontade que tem em voltar à condução deste formato: “Agora estou mais disponível para participar em brincadeiras. Já tinha vontade de voltar a este projecto prestigiante para a RTP e intenso para mim”
Segundo fonte da RTP, a quarta edição da Operação Triunfo irá mesmo para os serões de Sábado mas com data de estreia ainda por definir.

 

Joana Santos: “Nada acontece por acaso”


Joana Santos é actualmente das maiores vilãs da ficção nacional. Em Laços de Sangue interpreta a maquiavélica Diana que não olha a meios para atingir fins. À Notícias TV desta semana, a actriz deu uma entrevista onde falou sobre si e de como foi chegar até este singular papel.

Joana Santos realça, acima de tudo, o seu trabalho enquanto actriz e considera que foi esse mesmo trabalho que a levou ao patamar onde se encontra actualmente: “Foi uma oportunidade que a SIC me deu, mas sei que estou ali pelo meu trabalho. Acho que consegui provar que estou a lutar para ser uma boa actriz”

Questionada acerca de ter sido a terceira escolha para interpretar Diana, depois do não de Cláudia Vieira e Sofia Ribeiro, a jovem actriz de 24 anos desvaloriza por completo: “Isso acontece em todo o lado. Nós nunca somos a primeira opção. Seja segunda ou terceira, a verdade é que sou eu quem está ali. Dou-me bem com a Cláudia Vieira, gosto muito dela, já trabalhamos juntas. Conheci a Sofia Ribeiro e não tenho nada contra ela”

Declarando-se uma freelancer da representação, Joana Santos conclui que este desafio veio na altura certa, apesar de ela própria nunca ter ambicionado a fama. A actriz prefere acreditar no destino: “Nada acontece por acaso”


CITAÇÃO DO DIA
“Inspirei-me no médico Fernando Nobre”
Diogo Morgado (sobre a sua personagem em Laços de Sangue)


 
CURIOSIDADE DO DIA
Para além de conduzir os mais diversos noticiários na SIC Notícias, Andreia Vale contínua a ser a cara escolhida para os principais eventos da Imprensa (detentora da SIC). A companheira de Nuno Santos foi a apresentadora de serviço do evento de entrega do prémio Inovação EDP Richard Branson Exame Visão, evento esse a que a empresa de Pinto Balsemão se associou.
 
 
Quiosque: Correio TV, Notícias TV

Fecho


Boa noite. O Fecho de hoje incluí mais uma crónica da autoria de Joel Neto, retirada do Diário de Notícias.

Duplamente lamentável

Lamento, como qualquer outra pessoa com um mínimo de sensibilidade, a súbita morte do filho de Paulo Sousa e Costa. Sei muito bem que não posso sequer imaginar o que será a dor de perder um filho. E estou, aliás, mais do que alerta para o facto de o exorcismo da perda assumir, com toda a legitimidade, as mais variadas formas.

Continuo, porém, a sentir--me incomodado perante o "comunicado" (assim lhe chamaram alguns jornais e revistas) do jornalista, conhecido nomeadamente por ser namorado de Carla Matadinho. Tanto quanto posso perceber pela redacção (incluindo um pedido de especial cuidado, sem sensacionalismos, no tratamento da notícia da morte), o dito "comunicado" não passava de um e-mail pessoal para os responsáveis das publicações que o receberam.


Pois foi publicado na mesma. Na íntegra e precedido de parangonas. Ora eu não vou discutir o tom do dito, embora haja nele aspectos que me inquietam. Penso, sobretudo, que o texto não deveria nunca ter sido tornado público. Mesmo que Paulo Sousa e Costa assumidamente o tivesse (ou tenha) permitido.


As publicações especializadas em televisão e "sociedade" não podem estar isentas dos deveres do decoro e da protecção da intimidade das suas fontes e dos seus protagonistas. Embora algumas delas se alimentem precisamente da violação desses preceitos (uma violação, de resto, muitas vezes permitida pelos ditos protagonistas), em algum sítio haverá que traçar um risco-limite. E a morte de uma criança de sete anos está para além de qualquer risco.


Se, agora ou daqui a uns tempos, Paulo Sousa e Costa se aborrecer com a publicação do seu e-mail, será mau. Se não, será pior ainda. Onde vamos nós parar?