7 de fevereiro de 2010

Diário de um Ídolo

Boa noite. Seja bem-vindo à nova edição do Diário de um Ídolo! Como sabe, após cada gala do talent-show da SIC, pode contar com a análise e comentário à mesma, aqui no Televisão-Opinião! Não falha!


Antes de começar a minha análise, tenho de relembrar que o estúdio estava a abarrotar! E não, não são figurantes pagos! São fãs do programa, que querem ir assistir ao mesmo! De referir ainda que Cláudia Vieira estava linda.

Analisemos agora as várias actuações da noite
Dueto - Achei os dois concorrentes ao mesmo nível. Sem dúvida que estes eram os dois merecidos finalistas, e as suas excelentes performances não deixam certezas relativamente à vitória. Gostei da interacção entre ambos, assim como da parte que cada um deu de si. Foram originais, e deram energia à música.

Gostei de ouvir o Filipe a falar da sua prestação desde o primeiro casting. Sincero e humilde, falou da sua história no concurso da SIC. Achei uma boa ideia da estação de Carnaxide mostrar imagens nunca antes vistas.

Admiro o Filipe por reconhecer o talento de Diana, e a sua voz magnífica. Acima da vontade de vencer, nota-se que existe uma cumplicidade não só entre estes dois concorrentes, mas também com os restantes. Percebe-se que neste programa se formou uma família - a família Ídolos.

O primeiro tema do Filipe é simplesmente lindo, capaz de colocar qualquer pessoa arrepiada. Sabendo que esta é a praia deste concorrente, não há dúvidas relativamente à excelente performance que teve. Não se limitou a imitar o que foi cantado pelo grupo (Goo Goo Dolls). Tal como no dueto, foi original, e tornou a sua prestação mágica. Adorei.

Relativamente ao vídeo da Diana, achei que tal como o do Filipe, estava bem feito. É sempre bom relembrar os primeiros momentos dos concorrentes no programa. De facto, existe na Diana uma grande evolução. De tal maneira que se compararmos a energia e presença dela no primeiro casting, com as suas actuações da gala deste domingo, as diferenças são óbvias. Tenho um grande gosto em visualiza-las!

A presença em palco da Diana é simplesmente fenomenal. O à vontade dela a cantar é um máximo. Gostei da sua atitude ao permitir que Inês Laranjeira cantasse uma das músicas do seu historial nos casting. Tal como o Laurente Filipe referiu, a Diana é uma artista completa. Ela canta, dança, representa, e nesse aspecto está à frente do Filipe.

Sobre o dueto com Pedro Abrunhosa:

Cantar em português pressupõe sempre mais sentimento. Foi o que notei na actuação do Filipe. Gostei muito, mas penso que houve alguma desafinação na parte do refrão.

"Momento" é daquelas melodias que fica no ouvido. Lembro-me da actuação da Flora, concorrente da Operação Triunfo, na RTP1. Apesar desta recordação, a sua qualidade vocal não se compara com a de Diana Piedade.
Sobre a prestação da concorrente de Ídolos, tenho a dizer que esteve muito bem! Adorei. Deu-me foi alguma impressão que existiram problemas na interacção com Pedro Abrunhosa. Pareceu-me que não se sabia bem quem cantava o quê. Pelo que se disse, os ensaios foram curtos. Neste sentido, percebe-se o porquê dos erros.

Relativamente à terceira actuação:

Filipe Pinto - Mais uma vez, a música escolhida foi adequada a sua voz. Achei a ideia de ir cantar para o pé do júri bastante inteligente. Sem falar, Laurent Filipe expressava: "este míudo é fantástico". Gostei de o ouvir. Teve presença, ritmo, e soube interagir com a banda. Foi uma das melhores prestações deste concorrente, desde o inicio do programa.

Diana Piedade - Mais uma vez cantou, dançou e agarrou a música da melhor maneira. Tanto a Diana e o Filipe têm um estilo bastante comum - rock e grunge. Nota-se que a sobrinha de Manuel Moura dos Santos é mais pesada, e não tenho dúvidas que dava um grande espectáculo de som, luzes, e bateria! Gostei muito de a ouvir. Transmitiu uma energia fenomenal!

Relativamente ao júri, esteve bem. Pedro Boucherie mandou as piadas do costume. A de hoje esteve relacionada com a gravata de Laurent Filipe. Manuel Moura dos Santos estava orgulhoso dos dois finalistas. Laurent Filipe é a ajuda em pessoa. Para ele, o comentário significa auxílio. Roberta Medina esteve "legal".

Sobre os apresentadores, continuo com a minha opinião. Estiveram bem. Notei mais alguns percalços no teleponto por parte de Cláudia Vieira. De referir uma coisa que não sei se repararam. Quando Pedro Abrunhosa caiu, o auxílio de João Manzarra foi instantâneo. Não se "acanhou". Foi perspicaz. Nota máxima para o novo apresentador da SIC!




Para a semana, cá estaremos para saber quem vencerá a terceira edição de Ídolos. Quem será? Diana ou Filipe? Uma coisa é certa: qualquer um deles merece!

O Protagonista


O Protagonista desta semana só poderia ser Mário Crespo.
A polémica que girou à sua volta durante os últimos dias, é bastante significativa para o destacarmos. Falar do que se passou com o apresentador do Jornal das 9, é complicado. É necessário ler os jornais e ouvir as notícias para se perceber a gravidade da situação.
Não querendo entrar muito em políticas, uma coisa é certa: mais uma vez existe uma polémica com José Sócrates.

Tendo por base a informação que recolhi, o primeiro-ministro encontrou Nuno Santos, num almoço com Bárbara Guimarães. Com ele falou do sucesso Ídolos, programa que acompanha, para depois "atacar" sobre o desempenho que Mário Crespo estava a ter no canal de notícias da SIC. Referiu-se ao pivô como um "problema" que precisava de uma "solução".

Tendo conhecimento desta ocorrência, Mário Crespo decidiu escrever sobre ela na sua crónica de segunda-feira, no Jornal de Notícias. No entanto, justificando-se como um texto que levantava "sérias e fundadas dúvidas", o director do diário da Controlinveste (José Leitão Pereira), optou por não publicar a referida crónica. O próximo passo de Mário Crespo foi óbvio - acabar com a colaboração que tinha com o jornal.

O que posso eu dizer sobre isto? Penso que já disso tudo, mas não disse nada. Há muita coisa que falta explicar, sobre a qual me leva a concluir que estamos num país cuja liberdade de expressão se está a esvair. O "caso" Mário Crespo é pura e simplesmente mais uma prova disso.

Fecho


A grande aposta da TVI, Destino Imortal, apresentou hoje o seu terceiro e último episódio que juntou Sofia (Catarina Wallestein) e Miguel (Pedro Barroso) numa aventura vampírica, onde o bem e o mal combatem mais uma vez. Destino Imortal apresentou-se com um razoável guião, um leque vasto dos melhores actores da televisão portuguesa e muitos efeitos especiais, que até agora não tínhamos visto com o carimbo português.

Não é fácil encarnar a pele de um vampiro, e muito menos nos dias de hoje, onde o conceito já foi esmiuçado até ao limite. Contudo, Catarina Wallestein (Sofia) conseguiu com todo o sucesso entranhar-se na sua personagem, e todo o seu trabalho de interpretação da personagem é merecedor de elogios. Ao longo da mini-série, pudemos constatar um incrível jogo de expressões, onde em muitas cenas sem diálogo a actriz nos dizia tudo o que era necessário sabermos. É de salientar igualmente a excelente actuação de Maria João Luís (Lídia), cujo jogo sensual com o seu corpo foi impressionante. Realço também Rogério Samora (Hector), que encarnou um papel até então completamente distinto de todos os que fez até hoje, e Jorge Corrula (Victor), cujo trabalho desconhecia e que teve uma prestação admiravelmente sedutora e malévola na pele do velho vampiro vilão.

Todavia, nem todos os actores primaram pelo seu desempenho. Evelina Pereira (Valentina) foi um total fracasso, incapaz de interpretar a sua personagem nos mínimos aceitáveis. De realçar as suas demasiadas semelhanças com Vitória, a vampira maquiavélica de Crepúsculo. Pedro Barroso (Miguel) não lhe ficou muito atrás, tendo a sua prestação deixado muito a desejar, especialmente em cenas de grande emoção. Com Catarina Wallenstein, o actor “morreu” completamente.

A história de Destino Imortal conseguiu manter-se simples, sem divagar em acções paralelas desnecessárias. O facto de se tratar de uma mini-série tornou essencial que a história não se expandisse muito além da trama principal. Para além disso, as surpresas da transformação de Pedro Caeiro (Carlos) adicionaram emoção à trama. No final, a luta entre os vampiros é extraordinária, nomeadamente o momento da morte de Hector e a incapacidade do polícia matar o seu filho, recém-vampiro, Carlos. Miguel e Sofia ficam finalmente juntos, carregando com eles o segredo da existência dos vampiros e "dampiros". Sofia caminha para a mortalidade, findando-se o medo de uma vida sem Miguel. Contudo, a última cena deixa-nos em êxtase, com a sensação que algumas surpresas ainda estaram para surgir na vida do casal.

Finalmente, destaco a perfeição na maquilhagem e caracterização. Voltamos a ver os vampiros com peles brancas como cal, o esperável num ser morto, dentes amarelados e com aspecto apodrecido, onde os seus olhos tornam-se quase brancos, dando o aspecto verdadeiramente assustador próprio de um vampiro.

Destino Imortal foi um sucesso, tanto a nível de audiências como a nível de conteúdo. Não se consegue perceber, por isso, a redução de episódios, inicialmente agendados para 6. Uma jogada segura, contudo mal realizada após o sucesso que a mini-série deteve. Assim, Destino Imortal terminou hoje com a promessa de deixar saudades nos espectadores, que queriam ver mais desta luta inglória entre o bem e o mal.

Marta Miranda

Hoje, às 00:30

Carlos Costa perdeu o interesse no "Ídolos"

Foi na passada semana que deixou o Ídolos, todavia, Carlos Costa continua a colher frutos da sua participação. "Não tenho parado, tenho sempre alguma coisa para fazer, entrevistas para dar, coisas para gravar. Tem sido óptimo", disse ao 24 Horas. Apesar de tudo, o concorrente de Porto Moniz acredita que a sua saída foi injusta. "Muito sinceramente perdi o interesse no programa, como é normal", adiantou ainda ao mesmo jornal. Na rua, tem sido muito interpelado pelo público e muitas são as felicitações que tem recebido.

Hoje às 21:00


Só Séries


Primeiro que tudo, peço desculpa por só estar a ser publicada, esta rubrica... Mas a semana foi infernal e, só agora é que pude pensar no que vos poderia transmitir. E, por último, falo-vos de uma série que, no Natal, me deixou bastante espantado.


Com o selo SyFy, esta é uma das séries que nos leva para outros mundos. Uma ideia original do canal, a história gira em torno de uma dupla que é chamada a fazer parte de uma equipa que viaja por todo o país à procura de artefactos dando estes, certas habilidades ao possuidor.

Podem achar um pouco secante, mas não. Cada episódio é dinâmico e sempre com duas histórias: a dos casos e a história do armazém.

Momentos cómicos surgem imensas vezes; artefactos nunca antes vistos capazes de maravilhar o espectador... Enfim, possibilidades infinitas!

O pior de tudo foi o final. De facto, as últimas imagens foram tão chocantes que só poderei acompanhar mais episódios, no próximo Verão. E sim, a série foi renovada devido às fantásticas audiências!


Fringe entrou, igualmente, para o meu rol de favoritos! A primeira temporada foi algo morta mas os episódios finais transformaram uma série criminal, numa série fantasticamente brilhante! De facto, cada caso leva-nos para um conjunto de variáveis impossíveis à Ciência e que nos fazem sonhar mais alto.

O Winter Finale foi, de todos, o mais interessante! Mundos Paralelos, experiências... Uma série que todos devem ver!

Sabia que...
- ... The Vampire Dairies, todas as semanas, chega a fazer entre 1.7 e 2.0 de rating?
- ... em American Idol, vamos entrar em Hollywood, já esta semana?
- ... o final de Ugly Betty terá um casamento?

Estreias por cá...
- Quarta, às 21h25, T4 de Ugly Betty, na FOX Life.

Nuno Santos prepara substituto de "Ídolos"

Já há um substituto para o mega êxito Ídolos. É já em Abril que a SIC estreia a adaptação portuguesa de So You Think You Can Dance, que muitos portugueses já acompanham na Fox Life. O formato é produzido pela Endemol e promete ser algo com muita emoção, tal como o programa de Cláudia Vieira e João Manzarra. Há castings e há um júri, bem como gritos de alegria e momentos mais tristes. Há galas e há expulsões. No fim, como não poderia deixar de ser, há um vencedor. O original é conduzido por uma apresentadora, no entanto na versão portuguesa poderá haver diferenças. Já há nomes em cima da mesa: Bárbara Guimarães e Merche Romero. Quanto ao grupo de jurados, é um dado quase adquirido que Marco de Camillis não o integrará, uma vez que tem uma ligação com a RTP. Qual a melhor opção para conduzir o programa?

Fonte: 24 Horas

Audimetria - 06/02/2010 (actualizada)


O dia de ontem foi ganho pela RTP1. A diferença entre os três principais generalistas é curta: menos de 2 pontos. O consumo televisivo esteve baixo.


Deixa que te Leve e Meu Amor foram os programas mais vistos do dia, apesar de terem descido no rating, e de o seu share ter sido inferior a 38%.
No que toca a noticiários, o Telejornal foi o que maior audiência teve, tal como podemos visualizar no quadro fornecido pela Mediamonitor. Chegou aos 11,9% de rating.
No horário das 19:00, O Preço Certo liderou, com 31,8% de share

Relativamente aos derrotados, tenho de referir o jogo de futebol entre o Benfica e o Vitória de Setúbal. Sinceramente, não sei o que se passa com a transmissão das partidas do campeonato nacional na RTP1. 11,7% é um resultado baixo, ainda mais tendo em conta que a equipa da luz estava em campo.
De referir ainda a prestação de Perfeito Coração. Neste sábado, a novela da SIC, não foi além dos 21 pontos.

Em confronto directo com o jogo de futebol e novelas da TVI, Lua Vermelha desceu aos 9,5% de rating e 25,3% de share. Foi o sexto programa mais visto do dia.
A série Ele é Ela desceu, mas manteve-se na liderança. Alcançou 8,6% de audiência média e 35,9% de share.

Fonte do quadro: Mediamonitor

O Melhor & Pior da Semana (TVI)

Melhor - Para além de todas as "guerras" que as séries/novelas sobre vampiros geram, há uma série que, volto a realçar, na minha opinião se tem destacado no panorama televisivo. Chama-se "Ele é Ela", e vai para o ar cerca das 23h30 na TVI aos sábados. A série tem alcançado uma média de share perto dos 40% e tem agarrado, semana após semana, cerca de 900 mil espectadores. Trata-se de uma lufada de ar fresco na ficção nacional, diferente do que já foi feito e com muito humor à mistura. Já agora, destaque muito positivo para Benedita Pereira.
Pior - A TVI precisa de rever a sua programação no horário das 17h às 19h. Se "Quem Quer Ganha" deveria ser substituído, não entendo o porquê da transmissão de uma repetição de "Morangos com Açúcar". É verdade que este episódio repetido já deu frutos, mas neste momento tem ficado em último lugar. O público que vê a repetição de "Morangos" não é o mesmo que vê o episódio inédito?

O Melhor & Pior da Semana (SIC)

Melhor - Na minha opinião, "Lua Vermelha" não passa de uma versão mais "cool" de "Rebelde Way", com muitas semelhanças com a saga "Crepúsculo" de Stephenie Meyer. Mas a estreia no passado domingo (colada ao programa do momento "Ídolos") correu bem. Não venceu a novela da TVI, mas agarrou 1 milhão e 200 mil espectadores, algo que já não era visto desde a primeira "Floribella" na SIC. Agora fica a dúvida se com o final de "Ídolos" a novela juvenil se vai aguentar.
Pior - Se "Você na TV" e "Praça da Alegria" travam uma luta pela liderança nas manhãs, "Companhia das Manhãs" ainda está muito longe. Esta semana foi comemorado o centésimo programa, mas há muito pouco para festejar, uma vez que desde que começou 2010, o talk show matinal nunca ganhou à concorrência. O que falta ao programa para angariar espectadores? Novos apresentadores ou novas rubricas?

O Melhor & Pior da Semana (RTP1)

Melhor - "Bom Dia Portugal" foi o debutante dos blocos noticiosos no período compreendido entre as 6h30 e as 10h, sendo seguido depois por "Diário da Manhã" na TVI (quando estreou era apresentado pelos "pesos pesados" Henrique Garcia e Júlia Pinheiro) e mais tarde a SIC a entrar neste jogo. E a verdade é que este programa é um projecto vencedor desde o início, sem a concorrência chegar aos "calcanhares", como comprovam os números. "Bom Dia Portugal" tem uma quota de espectadores de 44% de share enquanto a concorrência fica abaixo dos 20%. O bloco de informação é um dos grandes contributos da RTP1 para a sua média diária, se levarmos em conta que o horário nobre tem sido uma desgraça (abaixo dos 20% de share).
Pior - "Família Família" tem estado longe dos resultados aceitáveis que conseguiu na primeira série. Desde que regressou em 2010, o concurso apresentado por Sónia Araújo (aposta ganha na apresentação), tem ficado muito longe da concorrência e com valores em espectadores bem abaixo dos 500 mil. A duração do programa não ajuda, mas também não é desculpa e a concorrência está forte no horário.