7 de fevereiro de 2010

Fecho


A grande aposta da TVI, Destino Imortal, apresentou hoje o seu terceiro e último episódio que juntou Sofia (Catarina Wallestein) e Miguel (Pedro Barroso) numa aventura vampírica, onde o bem e o mal combatem mais uma vez. Destino Imortal apresentou-se com um razoável guião, um leque vasto dos melhores actores da televisão portuguesa e muitos efeitos especiais, que até agora não tínhamos visto com o carimbo português.

Não é fácil encarnar a pele de um vampiro, e muito menos nos dias de hoje, onde o conceito já foi esmiuçado até ao limite. Contudo, Catarina Wallestein (Sofia) conseguiu com todo o sucesso entranhar-se na sua personagem, e todo o seu trabalho de interpretação da personagem é merecedor de elogios. Ao longo da mini-série, pudemos constatar um incrível jogo de expressões, onde em muitas cenas sem diálogo a actriz nos dizia tudo o que era necessário sabermos. É de salientar igualmente a excelente actuação de Maria João Luís (Lídia), cujo jogo sensual com o seu corpo foi impressionante. Realço também Rogério Samora (Hector), que encarnou um papel até então completamente distinto de todos os que fez até hoje, e Jorge Corrula (Victor), cujo trabalho desconhecia e que teve uma prestação admiravelmente sedutora e malévola na pele do velho vampiro vilão.

Todavia, nem todos os actores primaram pelo seu desempenho. Evelina Pereira (Valentina) foi um total fracasso, incapaz de interpretar a sua personagem nos mínimos aceitáveis. De realçar as suas demasiadas semelhanças com Vitória, a vampira maquiavélica de Crepúsculo. Pedro Barroso (Miguel) não lhe ficou muito atrás, tendo a sua prestação deixado muito a desejar, especialmente em cenas de grande emoção. Com Catarina Wallenstein, o actor “morreu” completamente.

A história de Destino Imortal conseguiu manter-se simples, sem divagar em acções paralelas desnecessárias. O facto de se tratar de uma mini-série tornou essencial que a história não se expandisse muito além da trama principal. Para além disso, as surpresas da transformação de Pedro Caeiro (Carlos) adicionaram emoção à trama. No final, a luta entre os vampiros é extraordinária, nomeadamente o momento da morte de Hector e a incapacidade do polícia matar o seu filho, recém-vampiro, Carlos. Miguel e Sofia ficam finalmente juntos, carregando com eles o segredo da existência dos vampiros e "dampiros". Sofia caminha para a mortalidade, findando-se o medo de uma vida sem Miguel. Contudo, a última cena deixa-nos em êxtase, com a sensação que algumas surpresas ainda estaram para surgir na vida do casal.

Finalmente, destaco a perfeição na maquilhagem e caracterização. Voltamos a ver os vampiros com peles brancas como cal, o esperável num ser morto, dentes amarelados e com aspecto apodrecido, onde os seus olhos tornam-se quase brancos, dando o aspecto verdadeiramente assustador próprio de um vampiro.

Destino Imortal foi um sucesso, tanto a nível de audiências como a nível de conteúdo. Não se consegue perceber, por isso, a redução de episódios, inicialmente agendados para 6. Uma jogada segura, contudo mal realizada após o sucesso que a mini-série deteve. Assim, Destino Imortal terminou hoje com a promessa de deixar saudades nos espectadores, que queriam ver mais desta luta inglória entre o bem e o mal.

Marta Miranda

7 comentários:

Anônimo disse...

"Pedro Barroso (Miguel) não lhe ficou muito atrás, tendo a sua prestação deixado muito a desejar"

OK! As interpretações de Catarina Wallenstein e Jorge Corrula sao divinais! Agora dizer que a interpretação de Pedro Barroso deixou muito a desejar é o verdadeiro delirio! Não deve ter visto a mesma série e interpretação que eu!

HS

Tiago Henriques disse...

HS,
cada um tem o direito a ter opiniões diferentes. Esta é a opinião da Marta, tem todo o direito de discordar dela, mas acima de tudo, deve respeitá-la. Não precisa dizer que a Marta "Não deve ter visto a mesma série e interpretação que eu!"
;)

Anônimo disse...

Adorei esta serie deviam continuar a mesma!!!!!!!!!!! :)

Unknown disse...

Devem estar a gozar! O puto é espectacular. Pode ser uma questão de gosto da comentarista, e está no seu direito de não gostar do Pedro por qualquer razão -- não gosta da cara dele, sei lá. Mas é impossível dizer que ele não é bom actor. Dos melhores da série.

Anônimo disse...

Concordo com a opinião da Marta no que se refere à interpretação da Evelina Pereira, mas não consigo concordar no que diz repeito ao Pedro Barroso. Respeito, mas não concordo. O que dizer então daquela rapariga que interpretava a namorada de um dos jogadores de râguebi e que se apaixonou pelo Miguel?

Considero também que se deveria dar mais destaque ao papel do Pedro Caeiro. Muito bem interpretado, sem dúvida.

Lúcia

M. disse...

Caro HS e Henrique: a minha opinião sobre a prestação de Pedro Barroso no papel de Miguel baseou-se na falta de emoção e expressão em cenas importantes. Contudo, trata-se simplesmente da minha opinião. Relativamente ao teu comentário Lúcia, houve outros actores não referidos que não tiveram boas actuações. Concordo contigo relativamente à má prestação da rapariga que se apaixonou por Miguel. Pedro Caeiro teve uma excelente prestação, mas torna-se impossível falar de todos numa rubrica que não pode ser muito longa, e com muitos aspectos a analisar. Muito obrigada pelos vossos comentários,
Marta Mianda

Anônimo disse...

Obrigada pelo esclarecimento, Marta.

Lúcia