Aquando da sua estreia muito falei sobre a qualidade desta série, mas não podia deixar de elegê-la quando imaginei este Frente a Frente. A cada episódio que passa fico mais apaixonado por esta história. Não sendo algo muito “normal”, nem muito “diferente”, pelo menos é a prova de que, sem grandes estrelas se consegue um elenco de luxo, não tirando, claro está, mérito a quem nela participa. Arrisco-me, até, a ir mais longe: se o elenco tivesse mais estrelas talvez a série não fosse tão boa.
Lúcia Moniz, José Fidalgo, Custódia Gallego, Joaquim Horta e Martinho Silva dão, sem sombra de dúvidas, uma grande qualidade a Maternidade. E todos os outros actores que nela participam acabam por ter também um papel fundamental. Todos os domingos, aquela hora em que esta série é transmitida é, para mim, sagrada. E ninguém ma pode “roubar”.
Para mim, Maternidade é talvez uma das melhores, se não a melhor, série dos últimos tempos da RTP. E, para além do óptimo elenco de que já falei anteriormente, é notório ainda em cada episódio a exploração de diversos sentimentos, algo que, em pleno século XXI é completamente essencial para o sucesso de qualquer produto televisivo. E isso é bem vísivel nesta Maternidade. Desde as lágrimas da chefe de unidade Madalena, aos sorrisos do sempre simpático Doutor Luís, passando ainda pela emoção constante nos olhos da doutora Rosa, não esquecendo também a alegria de cada uma das “mães” quando “dá à luz” o seu filho.
E é talvez o factor “bebés/crianças” que explica também uma parte do sucesso desta série. Afinal de contas, qualquer pessoa fica completamente enternecida a olhar para aqueles bebés tão indefesos. Em Maternidade as histórias parecem reais e grande parte delas são passadas quase que na integra na vida real. Até porque, o dia-a-dia numa unidade de obstetrícia não é, de todo, um “mar de rosas”. E é isso que esta série tenta, e muito bem, mostrar.
Eu sou um grande fã e, como já referi anteriormente, sou incapaz de perder um episódio. Uma grande história, um grande elenco, e, finalmente, umas boas audiências. Grande parte dos portugueses estão rendidos a esta Maternidade! Eu sou um deles, e você?
"Qual a melhor série da RTP1 produzida nos últimos tempos?", é a pergunta que lhe coloco. Para mim, e apesar de reconhecer a boa realização e história de "Maternidades", a resposta á óbvia: "Conta-me Como Foi". Com um elenco de luxo, composto por nomes tão grandes como Catarina Avelar, Miguel Guilherme ou Rita Blanco, a produção da estação pública retrata Portugal a partir da década de 60. Com vários detalhes que demonstram uma excelente produção por parte da equipa técnica da RTP1, desde a primeira temporada que fiquei rendido a este "Conta-me Como Foi".
Não esquecer o narrador que retrata a história na actualidade com base nas suas vivências do passado, tornando a série um marco para qualquer amante de produções nacionais. Independentemente das audiências que alcance, é de salientar que mesmo com shares que não consigam fazer frente à concorrência, a própria promoção deste "Conta-me" acaba por ficar um pouco à quem das expectativas. Sabendo que esta série é uma das mais importantes que a RTP1 já lançou até hoje, seria a meu ver necessário que existisse uma maior preocupação com a mesma.
Aliás, não tenho dúvida que foi com base nela que se fomentou a ideia de a TVI lançar uma telenovela dos anos 80. Não, não quero com isto dizer que a estação de Queluz de Baixo fez uma cópia, porém a concorrência não significa apenas guerra de audiências. Afinal, também com ela temos a possibilidade de aprender, e tirar conclusões sobre possíveis formatos ou produções.
Mais? Não poderia esquecer-me neste "Frene a Frente" da personagem Carlos, interpretada pelo pequeno Luís Ganito. Este é dos poucos actores que se pode gabar de que os homens não se medem aos palmos e, como tal, também ele teve a sua oportunidade na série da RTP1. Pode pensar-se que na estação pública os mais jovens não têm visibilidade, porém o pequeno Luís tem vindo a provar o contrário, com a sua excelente prestação em "Conta-me Como Foi".
Iniciado um novo "Frente a Frente", terminamos a sondagem da edição da semana passada. Assim, a opinião que opunha Pedro Laginha a Sandra Faleiro teve os seguintes resultados:
Pedro Laginha, por Diogo Santos - 26%