Falar Televisão

A Televisão, Hoje e Amanhã

Recentemente estive num congresso sobre rádio (R@dio Conference), onde se debateram as principais questões relacionadas com o meio. Como sempre, perspectivou-se o futuro, identificaram-se as ameaças, as possibilidades de afirmação, entre outros. Curiosamente, lembrei-me imediatamente da caixinha mágica a que [em tempos] chamámos televisão.

Afinal, o que é a televisão hoje? De um ponto de vista mais popular, talvez argumentem ser um aparelho que dá imagem e som, com canais e programas à escolha, controlado por um comando. Mas hoje, televisão será isso mesmo? Não estaremos a descrever a televisão dos anos 80 e 90? De facto, na minha opinião, estamos. Com o advento da Internet, das ligações de banda larga e dos sinais digitais, fará sentido continuar a chamar televisão a esse aparelho, que se viu desprovido das características que o tornavam único? De um ponto de vista sociológico, talvez sim: a TV continua a ocupar aquele lugar especial na sala, aquele cantinho superior na cozinha e junta toda umafamília ou grupo de amigos em torno dela. Mas por outro lado, de um ponto de vista tecnológico, cada vez mais esta alia-se de forma inevitável à Internet, aos dispositivos móveis e afins. Creio não errar ao dizer que muitos já recorrem quase instintivamente à Internet para visionar a sua série preferida, ou para ver o jogo de futebol que não passa nos generalistas. Não é isto TV? Imagem e som, emitidos por um canal, para o espectador?

Quanto ao futuro, que esperar? Bem, basta dar uma volta pelos corredores de Imagem & Som dos centros comerciais: televisões com Wi-fi incorporado, browsers e widgets incluídos, acesso a canais digitais e claro, o tão falado 3D. O desafio para a televisão preservar a sua unicidade é, a meu ver, preservar a sua centralidade nos lares e apostar (como o está a fazer) em aparelhos mais apelativos ao consumidor, tanto no preço, como no design.

O que acha? Concorda com estes desafios enfrentados pela televisão? O que a torna única e especial?