Boa noite. O Fecho de hoje incluí uma crónica da autoria de Joel Neto, retirada do Diário de Notícias.
Se me pedirem para ser absoluto, nem pensarei duas vezes: House M. D. (ou Dr. House) é a melhor série de televisão que alguma vez vi - e o arranque da sua sexta temporada, a 15 de Novembro (Fox), uma das melhores notícias deste Outono. Gregory House e Lisa Cuddy terão agora de gerir uma relação a dois. Ora, apesar de andarmos todos esquecidos disso, a relação entre um homem e uma mulher (o velho boy- -meets-girl, de que falava Hitchcock) permanece a célula essencial da ficção e da vida - e, depois de cinco anos a construir e a desenvolver uma das mais espessas e contraditórias personagens alguma vez criadas especificamente para a televisão, os argumentistas da série parecem mais do que capazes de impedir que a intriga se transforme em apenas mais um dos romancezinhos de cordel a que hoje andamos reduzidos.
Mas nem só de Dr. House fala o futuro próximo: também Weeds (ou Erva) está de volta à RTP2, igualmente com a sexta temporada, cujo arranque ocorre já na terça-feira. E o facto é que Weeds, não tendo a dimensão de Dr. House, é uma belíssima série de televisão. Os episódios são de meia hora apenas. E, porém, cabe quase tudo dentro de cada um deles: uma desperate housewife transformada em traficante de droga, filhos problemáticos a braços com o processo de crescimento, oportunistas da mais variada ordem - e, naturalmente, o gradual apodrecimento da atmosfera nos subúrbios das grandes cidades norte-americanas, em que a mobilidade social faz agora ricochete. Só pela oportunidade de voltar a ver Mary-Louise Parker já valia a pena acompanhá-la. Felizmente, esta estação das sombras não vai limitar-se à pornografia barata.
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