Ponto M

Boa noite e bem vindo a mais um Ponto M!

Hoje contamos com a presença de Maria de Medeiros!

Há nela qualquer coisa de estonteante. De singular, particular, único. É isso, uma beleza única. Maria de Medeiros é actriz, cineasta e cantora, contando com um currículo invejável no mundo das artes.

Desde a sua participação no filme Pulp Fiction (Quentin Tarantino, 1994) – onde actua ao lado de Bruce Willis, John Travolta, Samuel L. Jackson e Uma Thurman – à participação em A Divina Comédia (Manoel de Oliveira, 1991) ou em Adão e Eva (Joaquim Leitão, 1995). Neste último, ganhou o Globo de Ouro como melhor actriz e conta ainda com a mesma categoria de prémio no Festival de Veneza e no Festival de Lunas. Estreou-se como realizadora com Capitães de Abril (2000), longa-metragem premiada no Festival de São Paulo, que não posso deixar de elogiar! Retrata a Revolução dos Cravos e provavelmente deu por si a ver este filme na passada segunda-feira.


Feitas as apresentações passamos ao que sempre aqui discutimos: a moda.
O seu estilo é peculiar, como disse, único.
Não sei se é o fantástico corte de cabelo, a estrutura óssea ou a forma como decide vestir-se que mais se destaca. O que realmente posso dizer é que o conjunto de todas estas vertentes faz dela um ícone da moda. Uma simbiose perfeita entre elementos tão pessoais e de facto transmissíveis. Neste caso, não consigo achar ninguém que lhe seja semelhante e, isso é para mim, extremamente importante.

Aposta em cores fortes para os lábios, normalmente os vermelhos, que conjuga com o preto dos cabelos, do eyeliner e das sombras esfumadas que sempre usa nos olhos. Gosto de quando tinha franja, de quando a deixou para ter um cabelo mais curto, gosto gosto gosto!

Quanto á roupa apenas me posso repetir: é ímpar. Mistura tons improváveis, como no caso do vestido roxo e amarelo, passa de um clássico como no vestido verde e rosa, para um irreverente – o vestido em patchwork de tons azuis e cremes suaves.

O seu misto de inocência e sensualidade torna-a misteriosa e isso passa para a forma como se veste.

Não posso deixar de referir a mala que usou no Festival de Cannes em 2007. O vestido por si só já era irreverente e o facto de ter arriscado ao não usar soutien ainda mais potencializou esta característica. Mas a mala…essa sim é o ponto alto de todo o conjunto. Uma circunferência metálica que em tudo condizia com os sapatos do mesmo tom e com o vestido. A gargantilha dava o toque final. Soberbo, nota 10!

Esta personalidade portuguesa em tudo se destacou a nível nacional e internacional e são feitos como estes que precisamos de sempre louvar.
Talentos nacionais que precisam, sem qualquer dúvida, de ser aplaudidos pelo país que os viu aprender, criar, evoluir. Não nos esqueçamos mais que de facto o que é nacional é bom.

Uma excelente profissional, uma linda mulher, um ícone da moda.

Três Pontos

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