Falar Televisão

Evolução

Será já amanhã, pelas 13:00, depois de cerca de um ano e meio na pele de apresentador, que Francisco Menezes se despedirá de Companhia das Manhãs. Sendo um humorista nato, coloca-lo ao lado de Rita Ferro Rodrigues a conduzir um programa composto por algumas histórias de vida, pareceu a muitos uma decisão totalmente descabida. As críticas começaram imediatamente a ser direccionadas para Francisco Menezes, acusando-o de não estar à altura de Rita Ferro Rodrigues e de ser um autêntico erro de casting. De facto, nos primeiros meses de Companhia das Manhãs, o apresentador não participava nas conversas mais sentidas, talvez pela conotação que os entrevistados e telespectadores poderiam dar às suas intervenções. Por outras palavras, uma audiência que está habituada a ver e ouvir as piadas de um humorista, pode encontrar um duplo sentido numa questão que seja por ele realizada a uma pessoa que sofra uma doença ou que se encontre numa fase menos boa da vida. Aliado a este facto, estaria obviamente a inexperiência de Francisco Menezes.



Assim, e passado ano e meio, só tenho a dizer que o colega de Vanessa Oliveira errou, aprendeu e cresceu. Tem hoje um papel muito mais interventivo e claro que nas primeiras emissões de Companhia das Manhãs. Já conduziu o talk-show sozinho, acompanhado, com Liliana Campos, Rita Ferro Rodrigues ou com Vanessa Olvieira. Sem na realidade ter uma parceira totalmente fixa, Francisco Menezes adaptou-se a cada uma delas, fazendo sempre o seu melhor. Se o considero um bom apresentador? Sim. Se considero que Francisco Menezes criou empatia com os telespectadores? Nem sempre. No entanto, e apesar destas conclusões, tenho a dizer o seguinte: Francisco Menezes cumpriu o seu dever, contra tudo e contra todos.
Muitas vezes com um percurso indefinido, tendo em conta as suas publicações no Facebook, o apresentador fez o seu melhor e, só por isso, merece uma grande salva de palmas no final do Companhia das Manhãs de amanhã. Parabéns!