Boa noite. O Fecho de hoje incluí uma crónica da autoria de Nuno Azinheira, retirada do Diário de Notícias.
Bárbara Guimarães é a grande novidade de Portugal Tem Talento. E é a melhor notícia para a SIC. Na estreia do novo talent show da estação, a apresentadora surgiu solta, interessada, espontânea, sem telepontos desnecessários. A ideia de ter uma câmara a acompanhá-la enquanto espreita para a prestação dos concorrentes é boa e permite a Bárbara colocar-se ao lado do espectador: ela entusiasma-se ao mesmo tempo que nós, vibra tal como nós, ou goza com performances inqualificáveis tal como nós.
Depois de fracassos anteriores como Atreve-te a Cantar ou M/F, Bárbara precisava deste programa e a SIC precisava de uma Bárbara assim.
Quanto ao formato, parece ainda muito preso ao registo de sucesso de Ídolos. A produtora é a mesma (a Fremantle) e faz o seu trabalho da forma competente que se conhece. Mas, em minha opinião, o programa ganharia mais se a estética e lógica narrativas não fosse a mesma (até Bárbara Guimarães apareceu de megafone em punho, como João Manzarra e Cláudia Vieira o fizeram). Na aproximação às actuações, teria gostado de ver mais histórias de vida, mais sonhos de quem acha que tem talento, mesmo quando salta à vista que não tem. São também essas as histórias que nos cativam, que nos emocionam e que nos prendem ao pequeno ecrã.
Apesar destes reparos, a estreia não podia ter corrido melhor. Mesmo contra quase duas horas de Espírito Indomável na TVI (o espírito de Moniz ainda anda à solta por Queluz de Baixo...), Portugal Tem Talento foi o programa mais visto do dia e rondou os 40 pontos. Para já, o concurso tem potencial. Tem música, teatro, bailado, dança, poesia e muitas palhaçadas no mesmo palco. E tem as lágrimas de Conceição Lino. Não é coisa pouca...
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