15 de dezembro de 2010

O Protagonista do Ano - Março



À semelhança do que acontece em todos os anos, o Festival da Canção 2010 voltou a ser muito polémico. As picardias entre os apoiantes de Catarina Pereira e os de Filipa Azevedo deram azo a muito destaque na imprensa. Paralelamente, na TVI, mais uma trama de sucesso chegava ao fim. Deixa Que Te Leve conseguiu uma proeza semelhante à de Feitiço de Amor e chegou a fazer shares superiores a 50%. No entanto, houve algo que se destacou mais ao longo dos trinta e um dias que compõem o mês de Março. Foi ao oitavo dia deste mês que a RTP estreou Vidas Contadas!

O cenário de estreia deste programa era simples: As Notas Soltas de António Vitorino chegaram ao fim em Fevereiro, bem como As Escolhas de Marcelo e a RTP ficava com um espaço livre no horário de segunda-feira. Paralelamente, na concorrência Miguel Sousa Tavares acabara de estrear Sinais de Fogo e a TVI continuava forte com Repórter TVI. Apostando no génio de Judite Sousa, a estação pública arriscou e, sem uma grande promoção ao formato, estreou Vidas Contadas, que chegou a ser publicitado apenas enquanto Vidas.

Um formato aparentemente simples cujo objectivo é contar histórias de vida de comuns mortais, pessoas iguais a qualquer um de nós, mas que por um ou outro motivo especial se tornaram notícia. Até porque, tal como pode ser lido na sinopse do programa na Internet “Hoje em dia, a informação está e deve estar cada vez mais próxima das pessoas. É esse o sentido do programa. Tornar as reportagens próximas das pessoas, do que sentem, do que pensam sobre... a VIDA.”


É disto que os portugueses gostam. Hoje, mais do que nunca, os telespectadores passaram a querer ver retratados na televisão temas com os quais se identifiquem, pessoas comuns, histórias de vida marcantes. E o Vidas Contadas veio colmatar essa falta. E o certo é que o programa foi mesmo um sucesso. Em pouco tempo “matou” Sinais de Fogo e chegou a levar a melhor sobre o formato de reportagem oferecido pela estação de Queluz de Baixo. E durante bastante tempo manteve-se num elevado patamar de audiência, tendo, inclusivamente direito a uma segunda série.

Não esquecendo todo o sucesso que o programa merece, há que tirar o chapéu à grande Judite Sousa. Subdirectora de Informação da RTP, pivô do Telejornal, apresentadora da Grande Entrevista e ainda apresentadora e autora de Vidas Contadas são várias tarefas para uma pessoa só. Mas, mais do que ninguém, ela consegue-o fazer sem se notar! E foi isso mesmo que senti quando li uma entrevista sua onde confessou como fazia para conseguir gerir o seu dia, de modo a que todas as suas tarefas fossem executadas com sucesso.

Hoje mais do que nunca, Judite Sousa é admirada por uma grande parte dos portugueses, elogiada pela crítica e mantém-se igual à Judite de sempre. Isto não é algo que qualquer pessoa possa fazer, mas é por isso mesmo que Judite Sousa só há uma!

Tudo aquilo que aqui poderia escrever seria demasiado pouco para descrever a importante influência que Vidas Contadas teve para a RTP no mês de Março, bem como para a jornalista que o apresentava. No entanto, o reconhecimento está feito e é com grande expectativa que aguardo pelo regresso do programa em 2011. Eu, e muitos portugueses!

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