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Não vale a pena disfarçar: chame-se ou não Secret Story, o reality show que a TVI se prepara para lançar no Outono será apenas mais um Big Brother. A diferença, incutida em jeito de operação de cosmética, é que cada concorrente será desta vez portador de "um segredo pessoal" que os restantes tentarão adivinhar. No resto, será tudo igual, como aliás já acontecera com Quinta das Celebridades, Primeira Companhia (ambos da TVI) ou mesmo Acorrentados e O Bar da TV (da SIC). Se Secret Story se chama assim, aliás, é por uma razão simples: foi criado em França, país onde o Big Brother usou sempre o nome de Loft Story - e a escolha da designação não pretende outra coisa senão colar um formato ao outro.
Que a TVI esteja a tentar evitar a colagem, é um prurido estético incomum numa estação que raras vezes se tem preocupado em disfarçar a sua fúria na procura de fórmulas de êxito imediato. É mesmo difícil perceber as razões por que Queluz permaneceu tanto tempo sem o seu outrora habitual reality show de primetime. Tal como os seus sucedâneos, Big Brother não só foi um sucesso como, provavelmente, teria continuado a sê-lo até hoje, como é no Brasil. Independentemente dos primeiros sinais de vitalidade da smart TV, incluindo as possibilidades de criar uma grelha personalizada, de gravar o que quer ver para não ter de submeter-se às convenções da emissão e de alugar filmes carregando num botão apenas, o telespectador português continua a sentir-se especialmente confortável perante a velha lógica da soap opera (e mais ainda se ela for centrada na "vida real").
Criatividade, pois, para quê? Secret Story será um sucesso. Bem feito.
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