7 de março de 2011

Fecho

Boa noite. Hoje, em fecho, trazemos-lhe a habitual crónica de Nuno Azinheira, retirada do Diário de Notícias.


A RTP é uma marca

Quem me acompanha nestas crónicas, sabe a opinião que tenho de José Alberto Carvalho e de Judite Sousa. Acho o primeiro o melhor pivô de telejornal da televisão portuguesa e acho a segunda talvez a mais completa profissional de TV: boa pivô, excelente entrevistadora, boa repórter no terreno. Assim sendo, é fácil perceber o que já aqui disse: para mim, este ataque da TVI à RTP é evidentemente um golpe duro para a televisão pública e uma enorme oportunidade para a estação da Prisa credibilizar mais a sua informação, abrindo-a a novas técnicas, novas potencialidades, maior diversidade de géneros.

Dito isto, convém relativizar e colocar alguma água na fogueira do caos que alguns vão querendo ver arder na Marechal Gomes da Costa. Zé Alberto e Judite são muito bons e importantes na estrutura, mas não são a RTP. É fundamental que os profissionais da casa percebam isso. Não há nenhuma razão para pensar que, depois disto, tudo vai mudar.

Poderá, aos poucos, haver mudanças e até, admito, algumas transferências de espectadores, mas a RTP, estação experiente, habituada a convulsões, mas que soube serenar-se na última década, tem profissionais suficientes para manter-se uma referência na Informação.

Ainda quinta-feira, por exemplo, o Telejornal registou o melhor resultado das últimas largas semanas, com mais de 1,3 milhões de espectadores e 34,6% de quota de mercado. Logo a seguir, no lugar da Grande Entrevista, a estação promoveu um especial sobre o preço dos combustíveis, que registou 938 mil espectadores e 23% de share, o mesmo que a média da entrevista de Judite. Ambos apresentados por João Adelino Faria, que tem sabido aproveitar bem a tempestade da última semana.

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