Fecho

Boa noite. Fechamos esta terça-feira de Carnaval com a habitual crónica de Nuno Azinheira retirada do Diário de Notícias.

Uff, que canseira

E de repente, a dança das cadeiras na televisão portuguesa veio para ficar. Tudo começou há um ano e meio com a saída de Moniz da TVI. Depois disso, André Cerqueira já entrou e saiu da direcção de programas da TVI, a estação líder já roubou a apresentadora-estrela da SIC, Fátima Lopes. Carnaxide ripostou com artilharia pesada: Gabriela Sobral, um punhado de actores para as novelas, Manuela Moura Guedes e, enfim, Júlia Pinheiro. Júlio Magalhães bateu com a porta da Informação da TVI e o novo director-geral viu-se a braços sem director de programas e de informação. O primeiro cargo está sem titular oficial há quatro meses, mas o segundo não demorou uma semana a ser preenchido: José Alberto Carvalho. A teia lançada na RTP apanhou ainda Judite Sousa e Maria José Nunes. Agora, o problema é da televisão pública, que escolheu Nuno Santos para Informação. Santos que, apertado dos lados por Julia e Gabi, e por cima por Luís Marques, manda na direcção de programas da SIC. À hora em que o leitor ler estas linhas, Nuno Santos já terá tomado uma decisão: ou regressa a uma casa onde foi feliz e a um território, a Informação, em que deu cartas mas de onde se afastou oficialmente há quase uma década, ou opta por continuar o desafio a que se propôs em Janeiro de 2008: tornar a SIC de novo líder. Num mercado pequeno como o nosso, asfixiado pela imposição rigorosa de uma crise, financeira e de ideias, que não dá tréguas, estávamos todos a precisar desta animação. Até porque ela é a prova provada de que, apesar de todos os pesares, o mercado está vivo. Sempre com os mesmos protagonistas, é certo, mas ninguém se pode queixar de monotonia. Pelo menos atrás das câmaras, claro...