Boa noite. Hoje, em fecho, trazemos-lhe mais uma crónica retirada do Diário de Notícias e da autoria de Nuno Azinheira.
Para o ano é que é...
A RTP1 deverá fechar 2010 de novo à frente da SIC, num segundo lugar que, sendo o primeiro dos últimos, sejamos honestos, tem importante carga psicológica. Com um mês e meio pela frente até final do ano, a televisão pública tem cinco décimas de vantagem sobre a SIC. Parece pouco, mas dada a tendência habitual, deverá ser mais que suficiente. Primeiro porque, com meio Novembro decorrido, a estação está com o melhor resultado do ano (25,5%) e a apenas dois pontos da TVI, que continua a revelar preocupantes sinais de desgaste.
Depois porque Dezembro é mês de solidariedade, de galas como o Natal dos Hospitais ou a Causa Maior, que permitem à RTP criar um evento especial durante todo o dia e, com isso, arrecadar a maior fatia de público disponível para ver televisão.
Além disso, a programação da RTP no day time está muito mais estável do que a da SIC e com resultados que só uma hecatombe pode inverter. Mesmo à noite, para lá da faixa 20.00-21.00, em que a informação pública bate claramente a privada, as últimas semanas reforçaram Quem Quer Ser Milionário - Alta Pressão (ainda na segunda- -feira registou a excelente marca de 1,1 milhões de espectadores).
A SIC, que anda há dois/três anos a arrumar a casa, voltou a disparar em várias direcções. E isso foi-lhe fatal. É certo que acertou em grande com Ídolos, é verdade que a novela Laços de Sangue não é mais do mesmo e revela melhoria de produto e faro pelas audiências. Mas não será necessário recordar as apostas que, ao longo do ano, foram caindo no esquecimento e saindo dos horários para que foram pensadas.
A televisão parece-se cada vez mais com o futebol: para o ano é que é, pensa-se em Carnaxide. A artilharia já apresentada justifica a esperança.
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