Concorrenciais e globalizados, com tanto acesso a novos canais como urgentes deles para se suplantarem uns aos outros, os diferentes distribuidores de televisão vão diversificando quase semanalmente a sua oferta. À primeira vista é uma boa notícia: há cada vez mais opções para o telespectador - e, com isso, não só se torna mais fácil programar uma noite em frente ao pequeno ecrã como, ainda por cima, fica praticamente assegurada a faculdade de evitar os cada vez mais enfadonhos canais generalistas.
E, porém, aquilo que a priori era uma vantagem começa agora a tornar-se num incómodo. À medida que vamos importando canais e criando outros, incluindo temáticos de toda a espécie e até simples "câmaras de vigilância" de reality shows, as grelhas vão-se tornando mais e mais complicadas. Em certos operadores (e em determinados tipos de serviço, e de resto apenas em algumas zonas do País) ainda é possível realinhá-las à medida de cada um, embora qualquer problema com uma box quase sempre leve à formatação do disco e à necessidade de empreender o hercúleo trabalho de alinhar tudo de novo. Noutros, porém, nem sequer isso: os canais vão surgindo um pouco por toda a parte, às vezes nas posições mais improváveis - e em nenhum momento o cliente pode sequer construir um alinhamento segundo a sua preferência.
A urgência, pois, já não é agora a de diversificar o serviço: é a de torná-lo (de torná-los a todos) mais user friendly. Porque é que a generalidade dos distribuidores não tem ao menos uma brochura institucional (mesmo que distribuída por e-mail, sim, mesmo que distribuída por e-mail) com as respectivas grelhas, facilitando a navegação?
Nenhum comentário:
Postar um comentário