6 de setembro de 2010

Fecho


Boa noite. O Fecho de hoje incluí mais uma crónica da autoria de Nuno Azinheira, retirada do
Diário de Notícias.
Às 21:00, não perca a edição desta semana do Frente a Frente.

Ainda a Casa Pia

Não concordo nada com a generalidade das críticas que tenho lido (na imprensa, nas redes sociais, nos blogues…) à cobertura que as televisões fizeram, na passada sexta-feira, à leitura da sentença do processo Casa Pia, que condenou Carlos Cruz e os restantes arguidos a penas de prisão efectiva. E não concordo porque, tendo acompanhado em permanência as emissões especiais de RTP, SIC e TVI, acho que elas foram muito mais ponderadas e serenas do que o início do caso, há sete anos, prometia.


Acusam a televisão de ter montado um circo no campus de justiça, com muitas horas em directo? O que queriam, afinal? O processo Casa Pia pode não ter sido o mais importante caso judicial português (o caso FP-25 teve outra dimensão), mas foi seguramente o mais mediático, num tempo em que nada escapa ao escrutínio da opinião pública. É perfeitamente natural que o fim (veremos…) de um caso de pedofilia que envolve vários arguidos e, entre eles, um dos mais populares apresentadores portugueses suscite a atenção que as estações de televisão lhe concederam.


Depois, não acho que tenha faltado serenidade à generalidade dos jornalistas. A cobertura foi longa, é certo, mas ponderada, procurando a contextualização jurídica com especialistas no terreno ou em estúdio, cumprindo aquilo que são as regras jornalísticas. Houve, além disso, trabalhos de grande qualidade: o de Maria João Ruela, como aqui já destaquei. Mas também o de Cristina Esteves e Rita Marrafa de Carvalho, na RTP. Ou o de Clara de Sousa, que, à noite em estúdio, soube fazer as perguntas duras que qualquer mortal faria a Carlos Cruz.

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