Fecho

Boa noite. O Fecho de hoje incluí mais ma crónica da autoria de Nuno Azinheira, retirada do Diário de Notícias.
Às 21:00, saiba quem sai e quem fica em Os Escolhidos.

A morte da TVI

O violento comunicado que a administração da TVI emitiu sobre as audiências e a Marktest teve o mérito de despertar um assunto em câmara-ardente, sobre as necessidades de repensar o sistema audimétrico português, mas, em paralelo, chamou a atenção da opinião pública, do mercado e dos investidores para as dificuldades que as audiências da TVI atravessam.

Desde o fim-de-semana que o meio televisivo anda em reboliço: não há um profissional do sector que não me pergunte: "Então e o que me diz à queda da TVI?" Não há um assessor, um responsável, um jornalista que não comente o assunto, dando como absoluta uma verdade que, para já, carece de confirmação: a crise da estação líder.

O mês de Agosto está a ser particularmente penoso, com o canal a registar 25,4% de share, o mais baixo desde há muito. Em Julho tinha conseguido 26,5 e em Junho 27,0. Há quem diga, e com razão, que são números muito abaixo dos registados nos tempos de Moniz. Mas esta quebra sazonal não é nova. Já no ano passado, a TVI fechou Agosto (já sem Moniz, que saiu nos primeiros dias do mês) com 25,8% (tinha tido 28% em Julho e 29,0 em Junho). Em Agosto de 2008 (com Moniz, portanto...), os números eram outros, mas a queda também foi real: 33,5% em Junho, 31,1% em Julho e 30,0 em Agosto. É preciso recuar ao Verão de 2007 (29,4 em Junho, 29,9 em Julho e 30,1% em Agosto) para se encontrar um ano com crescimento positivo da estação líder no Verão.

Apesar de tudo, tenho para mim que as notícias sobre a morte da TVI são manifestamente exageradas. Como em Setembro se verá.