17 de maio de 2011

Fecho


Boa noite. Fechamos esta segunda-feira com mais uma crónica de Joel Neto, retirada do Diário de Notícias.

Coisas boas, coisas más

1. Confirma-se: Boardwalk Empire (AXN Black) é, com efeito, uma pequena maravilha. O facto de contar com actores extraordinários (Steve Buscemi, Michael Pitt, Michael Shannon...) tem o seu peso. A habilidade da reconstituição histórica, incluindo, por exemplo, o aparecimento de Al Capone como personagem secundária, ainda no arranque da vida de criminoso, também. Mas é o seu "relativismo justiceiro" que encanta. Enoch Nucky Thompson é um homem com sentimentos, como o prova a ternura por Margaret Schroeder, mãe lutadora e vítima de violência doméstica, mas não deixa nunca de ser diabólico. Não vejo melhor proposta de ficção, nesta altura, na TV.

2. Enquanto outros iam desvalorizando a importância do Festival, critiquei aqui a escolha de Os Homens da Luta como representantes de Portugal à Eurovisão. Enquanto outros iam desvalorizando a importância do Festival, satirizei aqui o ar emproado com que Os Homens da Luta (e Jel em particular) falam da sua "música". Insisto: Os Homens da Luta não deviam nunca ser representantes de Portugal num concurso musical e o ar emproado com que Jel fala da sua "música" (sic) é aborrecidíssimo. Mas, como esta vitória do Azerbaijão veio mais uma vez provar, o Festival deve de facto ser desvalorizado. Está tudo nos domínios da "produção" - e até a Itália já canta em inglês. O melhor é vender o franchising à MTV e começar de novo.

3. Para "povos primitivos", os membros das "tribos perdidas" de Perdidos na Tribo (TVI) não dominam nada mal a relação com as câmaras e com o ritmo televisivo. Devem andar há poucas décadas a servir de atracção circense em documentários, devem...

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