Boa noite. O Fecho de hoje incluí uma crónica da autoria de Joel Neto, retirada do Diário de Notícias.
Nascer de novo
José Alberto Carvalho percebeu tudo. A informação da TVI podia ter o respeito dos telespectadores, mas não tinha respeitabilidade intrínseca - e, para ganhá-la, não lhe sobrava outra alternativa senão nascer de novo. A mudança de nome do até hoje chamado Jornal Nacional (e a partir de agora Jornal das 8) é uma decisão inteligente. A aposta num "novo conceito", incluindo a apresentação partilhada com Judite Sousa, é outra. E a reformulação da imagem gráfica em que tudo isso será embrulhado é outra ainda.
Mas uma coisa é a imagem da informação da TVI e outra a imagem da TVI ela própria. E a imagem da TVI continua a enfermar de graves problemas. A da RTP é cinzentona, mas ao menos é sóbria. A da SIC é garridíssima, mas ao menos tem uma paleta sofisticada. Já a da TVI fá-la muitas vezes parecer um canal sul-americano, bafiento e choroso, esticando a corda das cores "vendáveis" até a um ponto em que se torna impossível sequer descortinar a medida certa. E bem fazia a estação se se submetesse, em geral, à mesma reformulação que José Alberto Carvalho impôs na informação.
Até porque está mais do que visto que aquilo que no passado a tornou num sucesso já não será suficiente para permitir-lhe manter-se um sucesso por muito tempo.
A prazo, o modelo "televisão Feira Popular" terá sido chão que deu uvas. Entretanto, o modelo "televisão loja dos trezentos" também já não será alternativa. A nova Direcção de Informação demonstra sabê-lo, abrindo momentaneamente a Queluz uma porta de saída. É apenas questão de a estação decidir-se agora sobre se quer ou não sofisticar-se um pouco. Tão depressa não haverá nova possibilidade de refundação.
Mas uma coisa é a imagem da informação da TVI e outra a imagem da TVI ela própria. E a imagem da TVI continua a enfermar de graves problemas. A da RTP é cinzentona, mas ao menos é sóbria. A da SIC é garridíssima, mas ao menos tem uma paleta sofisticada. Já a da TVI fá-la muitas vezes parecer um canal sul-americano, bafiento e choroso, esticando a corda das cores "vendáveis" até a um ponto em que se torna impossível sequer descortinar a medida certa. E bem fazia a estação se se submetesse, em geral, à mesma reformulação que José Alberto Carvalho impôs na informação.
Até porque está mais do que visto que aquilo que no passado a tornou num sucesso já não será suficiente para permitir-lhe manter-se um sucesso por muito tempo.
A prazo, o modelo "televisão Feira Popular" terá sido chão que deu uvas. Entretanto, o modelo "televisão loja dos trezentos" também já não será alternativa. A nova Direcção de Informação demonstra sabê-lo, abrindo momentaneamente a Queluz uma porta de saída. É apenas questão de a estação decidir-se agora sobre se quer ou não sofisticar-se um pouco. Tão depressa não haverá nova possibilidade de refundação.
4 comentários:
A mudança está a chegar, e promete dar que falar. A concorrência já se apressou a impôr novidades na grelha de informação, devido à mudança da TVI.
A TVI vai dar um passo muito importante na sua história da informação. Finalmente tudo vai mudar, e a má informação da era Guedes e Moniz vai embora. Fantasmas de informação 'sensasionalista' acabaram.
Os Portugueses vão conhecer a verdade da informação em Portugal. Estou muito curioso pela mudança, e na Sexta quero ver toda a mudança dos cenários e a estreia da dupla Judite e J. Alberto Carvalho.
Está quase ...
"A mudança de nome do até hoje chamado Jornal Nacional (e a partir de agora Jornal das 8) é uma decisão inteligente. A aposta num "novo conceito", incluindo a apresentação partilhada com Judite Sousa, é outra. E a reformulação da imagem gráfica em que tudo isso será embrulhado é outra ainda."
Concordo plenamente consigo Joel Neto!
E para toda esta grande mudança que se avizinha, está uma das (senão a melhor) equipa de profissionais de informação a trabalhar há mais de 2 semanas. Esperemos que este investimento de milhões valha a pena.
Também só queria registar que a Média Capital teve lucros de 1,9 milhões de euros. O valor representa uma subida de 195% face aos 652 mil euros registados no primeiro trimestre do ano anterior.
No período o grupo da TVI gerou receitas operacionais de 53,5 milhões (muito positivo portanto).Na TVI as receitas sobem 3%, para os 35,7 milhões de euros.
Vamos lá ver se as coisas continuam a correr a bom porto. Acredito que sim :)
Espero que também renovem o TVI 24 pois o canal de noticias da TVI tambem precisa de uma mudança e a todos os niveis.
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