1. Tenho curiosidade em relação à estreia em Portugal de várias das séries que desfilaram ao longo da recente gala dos Globos de Ouro. Para já, porém, registo uma vitória previsível e aborrecida (a de Glee, quanto a mim sobre-avaliada) e uma derrota inesperada e importantíssima (a de The Pacific, quanto a mim igualmente sobreavaliada, mas felizmente não apenas quanto a mim). De resto, perdeu um dos meus heróis: Hugh Laurie, que merecia ganhar todos os anos. Mas perdeu para Steve Buscemi (de Boardwalk Empire, criada por Martin Scorcese), cuja viragem para o pequeno ecrã é mais um pequeno milagre operado pela televisão. Tudo está bem quando acaba bem. Mais cedo ou mais tarde, os Óscares vão mesmo ter de incorporar isto tudo, caso contrário inutilizar-se-ão em definitivo.
2. O fim da versão norte- -americana de The Office, pelo qual Steve Carrell está tão ansioso que até se vai embora quatro episódios mais cedo, parece inevitável, mas não deixa de ser uma perda. A série original britânica é génio puro: um prodígio de observação e interpretação que, aliás, coloca Ricky Gervais na galeria dos grandes humoristas britânicos da história (mesmo tendo em conta os Monty Python). Mas o spin-off norte-americano é mais completo e, embora não seja cool dizê-lo, um upgrade em relação ao original. O problema é que, desprovido da mesma dimensão de culto, não venderá nunca o mesmo número de DVD.
3. Uma aposta: Terra Nova, com arranque agendado para a Primavera, vai despertar uma paixão tão grande como aquela que, a partir do final de 2004, se gerou em torno de Lost. Spielberg não brinca em serviço - e, entretanto, a mensagem ecológica continua completamente in. A confirmar.
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