1 Um turista estrangeiro que ligasse, segunda- -feira à noite, a televisão e sintonizasse a SIC teria pensado para si: "Eh, pá, estes gajos em Portugal têm uma boa televisão. Os Skunk Anansie estão em directo, em prime time." E estavam, de facto, num momento entusiasmante da especialíssima gala do Ídolos, que, infelizmente para Nuno Santos, só não se pode repetir porque a SIC não tem dinheiro para fazer duas galas semanais do seu talent show. Durante minutos, nem novelas, nem concursos, nem séries de qualidade duvidosa. Durante minutos, um show de música pop/rock ao melhor nível, servido pela banda britânica. Que, por mero capricho, foi sorvido por um terço dos portugueses que viam televisão, já que a TVI estava nesse momento em intervalo. Não sei quanto custou à SIC trazer os Skunk Anansie a Portugal para cantarem duas músicas na gala inaugural do Ídolos. Não sei se Roberta Medina, por via do seu Rock in Rio, deu uma ajudinha, mas sei que do ponto de vista televisivo resultou. E é pena que não se faça mais...
2 Os poucos amigos que já viram a Operação Triunfo já me fizeram o relatório. E concordam todos no mesmo ponto: as vozes do concurso da RTP são incomparavelmente melhores que as do programa da SIC. E mais: "Agora, ver o Ídolos depois de ver a OT parece que sabe a pouco." Eu, apesar de ainda não ter visto com atenção o potencial dos finalistas da Operação Triunfo, confio nos meus amigos. O que só reforça a minha ideia inicial, já expressa anteriormente nesta coluna: se a OT é mais pedagógica, se os miúdos da OT têm mais talento, por-que não se batalhou na diferença, em vez de tentar imitar o modelo inicial do Ídolos? Uma estratégia errada que se pagou caro.
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