Fecho

Boa noite. O Fecho de hoje incluí uma crónica da autoria de Joel Neto, retirada do Diário de Notícias.

Ponto de situação

1. Quem volta a olhar para o percurso de Emídio Rangel como programador não tem dúvidas: a televisão que fazia era melhor do que esta. Daí que se compreenda o seu desabafo: "Há dez anos, a televisão portuguesa não era pior do que nos outros países. Estava ao mesmo nível. Agora é pior." É verdade. Mas nem por isso Rangel pode isentar-se de ter aberto algumas portas que já então se percebia ser impossível alguém voltar a fechar.

2. Bem vistas as coisas, Operação Triunfo, que aliás também constitui "um regresso", é a única grande aposta da RTP para este Outono. Quase tudo o resto são novas temporadas de programas já existentes ou novos programas de géneros já explorados. E, no entanto, é impossível olhar para a grelha e não chegar à conclusão de que a ideia de serviço público, por muito difusa que seja, sai reforçada.

3. Leio-o aqui no DN: "Não deixar cair um ovo no chão dá dinheiro? Equilibrar cabides dá dinheiro? Montar uma pirâmide de copos dá dinheiro? Em breve pode vir a dar. A SIC está a preparar-se para exibir em Portugal o concurso Minute to Win It." Está de volta, portanto, o Não Se Esqueça da Escova de Dentes, embora com outro nome. "Ponha, ponha, ponha, ponha…"
4Vale a pena ter em atenção as experiências em curso em Espanha. Depois do lançamento de um segundo canal, a La Sexta pretende avançar em Novembro com um temático dedicado a séries e filmes, género AXN. Para o cabo? Não: para a televisão digital terrestre. A agonia da TV generalista é tão grande quanto isto: até na TDT, o seu território natural após o fim do serviço analógico, a televisão temática se vai instalando.