2 de agosto de 2010

Frente a Frente

Muito boa noite. O Frente a Frente desta semana ocorre entre dois jornalistas da RTP1. José Alberto Carvalho e José Rodrigues dos Santos estão em duelo nesta segunda-feira.




Desde sempre que me lembro de acompanhar o trabalho de José Alberto Carvalho. Ainda nos meus tempos de criança já dizia aos meus pais: “um dia gostava de ser como aquele ali da televisão”. Eram os primeiros anos de uma televisão privada em Portugal e este era o principal pivô da estação, logo via-o com muita frequência.


Todavia, os tempos foram mudando e, hoje, José Alberto Carvalho é uma das caras mais fortes da informação RTP, onde assume ainda responsabilidades na direcção. Sempre fui fã do seu estilo e é suspeito estar a falar sobre ele.

Para mim este jornalista é, efectivamente, uma referência. Tem uma voz inconfundível, a melhor da sua geração, arriscaria a dizer, uma imagem forte e é sinal de êxito. Basta ter em mente que, na actualidade, ele é um dos principais rostos do Telejornal e, quase sempre que o conduz, vence a concorrência.


Felizmente, já tive a oportunidade de me cruzar com este profissional. Estudo na escola onde lecciona e, embora nunca tenha tido uma aula com ele, já trocámos algumas impressões, ainda que muito poucas. Como pessoa, pareceu-me extremamente simpático e muito disponível.


Um dado curioso é o facto de ser baixo, algo que, no ecrã não transparece, até porque está normalmente sentado. Mas é claro que tudo isto é acessório, basta pensar que ele é um exemplo da velha máxima: “Os homens não se medem aos palmos”.

Para além de muito apreciar o trabalho que faz no principal bloco noticioso da RTP, considero igualmente fantástico a ideia que está por detrás de 30 Minutos, espaço que conduz por diversas vezes. Este é apenas um dos exemplos de entre tantos outros que poderia aqui exemplificar. Acredito que, muitos deles tenham surgido a partir da cabeça de José Alberto Carvalho, ou não fosse ele o director de informação da estação pública.


No meu entender, o cargo é mais do que merecido e, por tudo aquilo que o jornalista faz, desde a apresentação do Telejornal, à profissão de docente do ensino superior, passando pelo lado mais pessoal, sem sombra de dúvidas de que é “um grande homem”. Não é qualquer um que o consegue fazer com tanta mestria e regularidade.


É único em televisão e, evidentemente, que muitos jovens jornalistas ou futuros profissionais ambicionam, um dia, conseguir um pouco do êxito que José Alberto Carvalho tem e sempre terá. Mas, como ele, não há ninguém!






Assumo aqui que a minha estação preferida para me informar é a SIC.
E esta minha escolha não surgiu pelo entretenimento ou por algum favoritismo ao canal. Prefiro os noticiários da estação de Carnaxide pelos jornalistas, pelas boas rubricas que são elaboradas, pelo cenário, pela estrutura da condução do Primeiro Jornal e Jornal da Noite.
No entanto, e apesar disto, sei reconhecer totalmente que há caras, ou melhor, jornalistas, que têm realizado um trabalho exemplar ao longo dos anos.
José Rodrigues dos Santos é um exemplo desses profissionais. Ninguém fica indiferente ao seu piscar de olho no final do Telejornal, que tem como objectivo criar uma certa afinidade com os telespectadores, ou a sua seriedade própria de pivô de um noticiário. Única e excepcional, é assim que a defino.

Ocupando um lugar importante na informação da RTP1, José Rodrigues dos Santos já não precisa de dar provas a ninguém. Apesar de, em grandes entrevistas, nem sempre ser ele o escolhido para as conduzir, tal facto não o descredibiliza. Pelo menos, e ao contrário de José Alberto Carvalho, não fez má figura aquando da entrevista a José Sócrates, no momento em que o primeiro-ministro definiu o Jornal Nacional de 6ª Feira como um "telejornal travestido".
Não condeno José Alberto Carvalho, pois não é este o meu objectivo no Frente a Frente, mas tenho noção que o facto de não ter interrompido o líder socialista neste ataque ao noticiário da TVI não foi uma boa decisão. Daí considerar que, nessa entrevista, talvez José Rodrigues dos Santos tivesse feito uma melhor figura.


Com um papel também importante na escrita, o jornalista da RTP1 tem construído um autêntico portefólio de livros. Destaque principal para Fúria Divina, O Sétimo Selo e a Vida Num Sopro que venderam milhares e milhares de exemplares. A sua ligação com o mundo literário, acabou por oferecer-lhe um programa com ele relacionado: Conversas de Escritores.
Inteligente, culto e sempre em busca do conhecimento, José Rodrigues dos Santos é uma autêntico camaleão. Este jornalista sabe incorporar diferentes posturas: metódico, bem-disposto e com sentido de humor. E são estas três características que muitos telespectadores da estação pública têm em conta quando preferem o Telejornal para se informar a partir das 20:00.



De destacar ainda a sua participação em 30 Minutos, que muito me desperta a atenção. Apesar de nem sempre conseguir acompanhar este programa que, por se encontrar de férias, não tem sido emitido, aprecio bastante a condução do mesmo por José Rodrigues dos Santos. Não que José Alberto Carvalho não faça um excelente trabalho, mas é diferente. E é precisamente essa diferença que me faz querer que este jornalista é, não só, um dos melhores da estação pública, um dos melhores do país, como, quiçá, um dos melhores do mundo.

Iniciado um novo Frente a Frente, damos por encerrado o anterior. Neste sentido, aqui fica o resultado da sondagem que opunha as opiniões entre Lurdes Baeta e Susana Bento Ramos:

Lurdes Baeta, por Tiago Henriques - 54%
Susana Bento Ramos, por Diogo Santos - 46%



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