Boa noite. O Fecho de hoje incluí mais uma crónica da autoria de Joel Neto, retirada do Diário de Notícias.
Às 21:00, entra em linha a Audimetria Semanal desta semana.
Amanhã, das 10:00 até às 14:00, relembre os melhores momentos de Achas Que Sabes Dançar? no Televisão-Opinião, num pequeno especial que foi preparado para si!
A confirmação dos nomes Dustin Hoffman e Nick Nolte no elenco de Luck, série da HBO com estreia agendada para o Inverno, consagra em definitivo a televisão como um palco privilegiado para o exercício da ficção audiovisual. Uma coisa era ver estrelas menores trocarem o cinema pela TV. Outra, ver estrelas de segunda linha recuperarem na TV o fulgor que há muito não atingiam o cinema. Nomes como os de Nick Nolte e (sobretudo) Dustin Hoffman já nos introduzem a um novo tempo. Não tarda andarão por lá também Robert de Niro e Meryl Streep.
Dizer que a televisão é o novo cinema seria, naturalmente, uma tontice. Embora o cinema esteja como está, reduzido ao género do fantástico e pouco mais, restarão sempre, no ritual de ir a uma sala "ver um filme", uma série de elementos impossíveis de reproduzir em casa - e, aliás, restarão ali, pelo menos durante mais algum tempo, condições técnicas para induzir atmosferas que nem o melhor ecrã plasma nem a mais movie friendly das salas de estar permitirão. Acontece que esta não é apenas uma mudança de suporte, como o foi a euforia do VHS nos anos 80 e 90. Esta é uma mudança que reflecte uma profunda alteração de costumes no seio da própria indústria.
Até aqui, os grandes actores ganhavam notoriedade nos grandes filmes e iam fazer caixa aos blockbusters. A partir de agora, é a televisão a ocupar este segundo espaço. Os blockbusters continuam a existir, mas como veículo de promoção para actores jovens e mais ou menos marginais ao star system de Hollywood. E, quando se vai fazer as contas, as intrigas, as direcções de actores, as realizações e as próprias produções da TV já são quase sempre mais coerentes do que as deles.
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