21 de maio de 2010

Fecho

Boa noite. O Fecho desta noite incluí uma crónica da autoria de Nuno Azinheira, retirada do Diário de Notícias.
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O fenómeno MST


O que mudou entre o Miguel Sousa Tavares que estava na TVI e o Miguel Sousa Tavares que está na SIC? Passaram poucos meses, o homem é o mesmo, e no entanto as audiências são muito menores. O facto de a SIC não ser a TVI (um diferente perfil de espectador, duas estações em ciclos diferentes...) ajuda a explicar este aparente divórcio entre os espectadores portugueses e um dos mais influentes jornalistas/fazedores de opinião da televisão portuguesa.

É um assunto que me intriga, confesso. E não encontro uma explicação que me satisfaça completamente. Miguel passou muitos anos a fazer opinião, afastando-se do jornalismo. O público pode não perceber agora esse regresso às origens. Mas o problema, parece-me, não está aí: em bom rigor Sinais de Fogo não é um programa jornalístico e imparcial. É, antes, uma fórmula jornalística com conteúdos opinativos: as peças que ante- cedem a entrevista, apesar de utilizarem o método jornalístico, são apenas argumentos para validar a opinião final do autor.


Ainda na segunda-feira, Sousa Tavares teve em directo Marcelo Rebelo de Sousa. O regresso do professor à televisão, depois de três meses de ausência, e antes de voltar a ter um programa semanal na TVI, teve uma audiência modesta: 8,5% de rating e 23,3% de share, atrás da concorrência. Alguém entende isto? Marcelo é um comunicador como ninguém; o País está num estado como nunca esteve; o PSD parece vivo como há muito não estava; Cavaco promulga o casamento homossexual. Enfim, actualidade é coisa que não falta. E, mesmo assim... 23% de share. Alguém entende?

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