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Praça da Alegria, Companhia das Manhãs, Você na TV, Portugal no Coração, Vida Nova e As Tardes da Júlia. O que têm em comum estes três programas para além de serem os talk-shows do day time dos três principais canais televisivos? Muita coisa, claro está. Poderia falar-lhe dos apresentadores, dos estúdios, dos temas abordados ou de outra coisa, mas não. Vou abordar nesta crónica algo que, quanto a mim, é essencial num formato deste género: o público presente em estúdio.
Aparentemente, existem poucas diferenças. Se a RTP aposta num público “misto”, a TVI só tem senhoras na plateia. Já a estação de Carnaxide está no “meio termo”, uma vez que de manhã só tem elementos do sexo feminino e de tarde há senhoras e senhores. Uma coisa que, a meu ver, também é extremamente importante é a interacção entre os apresentadores e o público. E, neste campeonato, o Você na TV é claramente o líder.
Manuel Luís Goucha e Cristina Ferreira sabem, inclusivamente, o nome de algumas das senhoras que os acompanham todos os dias. Vê-se que elas não estão ali a fazer nenhum favor, não estão apenas para ganhar dinheiro, como por vezes parece que é o que acontece em outros programas. Nas manhãs da TVI, chega até a haver iniciativas para o público, como uma que foi levada a cabo recentemente, em que as senhoras foram desafiadas a fazer algo com um novelo de lã oferecido por uma empresa têxtil. Foi uma festa vê-las mostrar as suas “obras”, como o são todas as emissões do programa.
É isto que faz falta a todos os outros talk-shows, se bem que em As Tardes da Júlia há algo semelhante, mas ainda assim, distante do Você na TV. Esta cumplicidade, esta interacção, permitem uma maior proximidade também com o telespectador, que faz com que este se sinta parte integrante da “família”. Até porque o espírito televisivo é esse mesmo. Os “papás” Cristina Ferreira e Manuel Luís Goucha estão de parabéns, porque o fazem melhor que ninguém!
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