30 de abril de 2010

Fecho

Boa noite. O Fecho de hoje incluí mais uma crónica da autoria de Nuno Azinheira, retirada do Diário de Notícias.
Às 21:00, saiba quem sai e quem fica nos Escolhidos.

Serviço público

Calma, leitor. Não desista já de me ler. Não, não vou voltar àquele tema do serviço público de televisão, conceito vago e abrangente que ninguém é capaz de definir, apesar das várias tentativas nas últimas décadas.

O que eu sei é que a RTP, paga pelo dinheiro dos contribuintes, não é uma empresa de contas saudáveis mas, mesmo assim, gasta milhões de euros para concorrer com os canais privados para a aquisição dos jogos da Liga de futebol. A mesma empresa que, depois, já não parece achar interessante a final de uma competição europeia de futsal em que participa uma equipa portuguesa.

O que eu sei é que dez mil pessoas encheram por completo, no domingo, o Pavilhão Atlântico, em Lisboa, viram o Benfica sagrar--se campeão europeu e o melhor que a generalidade dos portugueses conseguiu ver foi a transmissão do jogo na Eurosport com comentários em inglês feitos por um profissional que conhecia Eusébio mas que, naturalmente, não conhecia Jorge Jesus.

O que eu sei é que a Lei da Televisão definida pelo Estado contempla uma lista de dez eventos desportivos que obrigatoriamente têm de passar em sinal aberto, ou seja, na RTP, na SIC ou na TVI. Entre eles estão jogos da Selecção, final da Taça de Portugal, um jogo da Liga por jornada, um jogo da Liga Europa em que participem equipas portuguesas, a Volta a Portugal, provas de atletismo mundiais com atletas portugueses e competições internacionais com clubes portugueses.

De facto, a final da UEFA Futsal Cup não está na lista. Logo, ninguém pode acusar a RTP de não ter cumprido a Lei da Televisão. Mas podemos questionar a bondade das suas opções...

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