24 de março de 2010

Para lá das 24

Boa noite. O Para lá das 24 de terça-feira já está em linha!

Falar. Expressar. Comunicar. São três palavras essenciais que, na maioria dos casos, exigem algo, sem o qual não nos imaginamos - a voz.

Pare o que está a fazer neste momento. Esqueça as preocupações e aquele mau momento que hoje teve de enfrentar. Se se lembra do senhor que hoje foi mal educado consigo à saída do autocarro, mande-o dar uma volta. Se não lhe sai da cabeça aquela pessoa que hoje passou por si, e que tinha o mistério no rosto, deixe de lado.
Foque-se apenas no ecrã do seu computador e pense no seguinte: e se lhe tirassem a voz, o que faria? Se de um momento para o outro deixasse de falar, qual seria o próximo passo?

Não, não está ninguém em casa. Faltou a luz. O seu telemóvel ficou sem bateria, e está a chover lá fora. Instala-se o pânico dentro do seu ser. Posteriormente acalma-se e pensa numa solução. Chamar um táxi? Não, como lhe dizia a morada para o sítio pretendido? Apanhar o autocarro? Como pediria o bilhete ao motorista? Decide ir a pé para o hospital mais próximo. Pega no seu guarda-chuva, e demora cerca de vinte minutos a chegar.
Quando chega, estão trinta pessoas à sua frente e você não consegue dizer nada. E aí volta a sentir o medo.

Este texto é apenas um possível início de algo. E o meu objectivo com ele, é apenas destacar algo que por vezes forçamos, sem ter a consciência que podemos provocar um grave problema. A voz é uma preciosidade do ser humano. Apesar de sem ela também ser possível comunicar, neste caso, as coisas tornam-se mais complicadas.

Estar muitas horas a falar, sem ir bebendo um copo de água, sem fazer pequenas pausas, ferem as cordas vocais. Consequências: nódulos na garganta, rouquidão, e chegar a uma idade onde a nossa voz seja totalmente diferente daquela que tínhamos.

A 16 de Abril comemora-se o Dia Mundial da Voz. Pense nisto!

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