Para lá das 24

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Começou na passada segunda-feira a nova telenovela do canal de Queluz de Baixo. As expectativas eram altas e, confesso, eu era uma das muitas pessoas que estavam coladas ao ecrã. Foi magnífico poder ter a oportunidade de ver em televisão uma das localidades que muito me diz: Setúbal. Finalmente alguém teve a brilhante ideia de escolher esta apaixonante terra e retratá-la em televisão.

No compute geral, fiquei fã de Mar de Paixão. A história parece-me interessante, pelo menos por agora, e o elenco tem muito bons actores. Destaco a talentosa Paula Lobo Antunes, que traz até nós uma Benedita muito bem construída, bem como uma Delfina Cruz melhor que nunca. Cada vez mais expressivo está Jorge Corrula, que surpreende a cada trabalho que faz, bem como Rogério Samora, que está muito acima das melhores expectativas.

Todavia, não considero que existam somente elogios a fazer-se, tenho também algumas críticas a apontar. Penso, sinceramente, que o primeiro episódio se desenrolou muito rápido, o que poderá ter confundido o telespectador. Na minha opinião, os acontecimentos da estreia poderiam ter sido mais explorados e, consequentemente, a história ganharia mais acção. Quanto a mim, Sara Salgado não esteve no seu melhor. A sua Carminho estava muito parecida com a Célia de Olhos nos Olhos. Pela negativa, destaco ainda José Carlos Pereira que, quanto a mim, ainda deixa um pouco a desejar. Talvez por este ser o seu quarto protagonista devesse existir um progresso em relação aos anteriores, mas até agora ainda não se notou diferença alguma. Para mim, o papel de Eduardo podia muito bem ter sido entregue a outro actor, como Marco D’Almeida, ou Pedro Lima, por exemplo.

Apesar de tudo, é de realçar o facto de esta trama marcar um passo em frente na ficção portuguesa. Resta agora esperar que não caia na rotina e continue a conseguir um “mar” infinito de telespectadores para a TVI.