O Último a Errar
Foi no passado domingo que a RTP estreou a sua “grande aposta” para a “guerra” dos domingos à noite. A promoção nos ecrãs foi pouca, mas pelo Facebook foi mais do que muita. Contudo, deparei-me com várias pessoas a questionarem-se sobre a realidade daquele formato. Sim, é isso que está a pensar! Conheço gente que acreditou que o pontapé de Marco Borges a Bruno Nogueira fosse verdade!
Então, será que aqui não falhou a estratégia de comunicação? Não era suposto todos os telespectadores acreditarem que O Último a Sair não era a realidade, mas sim um produto de ficção?
Mas não é só isto que vai mal no novo formato da RTP, na minha opinião, claro está. Desde quando é que a ideia de Bruno Nogueira e restantes colegas se adequa à grelha da televisão do estado? Sim, também é verdade que não passa de um programa de humor, mas tudo parece tão forçado, sem sentido, sem graça. E quando algo que pretende que os telespectadores riam não faz rir, é porque vai mal.
Como me disse uma amiga: “O programa não é mau de todo, mas na RTP? Para as pessoas mais velhas (habitual público-alvo do canal público) não, não! Porque não na SIC Radical?” E a resposta é simples, na SIC Radical não havia impostos públicos para pagar o salário de Luciana Abreu, Rui Unas ou Filipa Castro.
Onde está o serviço público? Onde está a alternativa às televisões privadas? É por isso que, tal como tantos críticos da nossa praça, também eu sou cada vez mais a favor da privatização da RTP…
2 comentários:
A ideia que dá origem a este programa é absolutamente genial.
Algumas das pessoas que dele fazem parte chegam a ser brilhantes como é o caso do Gonçalo Waddington e eu fiquei estupefacto ao realizar que a direcção da RTP decidiu apostar num formato tão audacioso para o seu horário nobre!
Convenhamos, ver o Bruno Nogueira virar-se para o Roberto Leal e mandá-lo para a puta que o pariu na televisão é, além de devastadoramente hilariante, algo muito à frente para ser entendido por um dos povos mais estúpidos e ignorantes do mundo: os portugueses!
Há muito tempo que não me divirtia tanto com um programa de televisão e como tal desejo uma vida longa ao projecto.
Reconheço que é preciso uma espécie de "coragem invertida" (seja lá o que isso for) e sobretudo muita estupidez para se ser humilhado em público de forma tão evidente como foram por exemplo a Luciana Abreu ou o Roberto Leal, mas ainda bem que existem otários destes para divertir aqueles, poucos, que partem, literalmente, o côco a rir com aquelas situações e com aqueles diálogos pseudo-ofensivos e quase sempre deliciosamente surrealistas.
Parabéns aos autores da ideia e a quem resolveu apostar neste pedaço de humor "ultrajante" que, sem ser real, facilmente se confunde com o realismo e que é de facto uma pedrada no charco de água estagnada a que estamos habituados no panorama televisivo nacional.
E já agora, vão todos para puta que os pariu!!!
Como já tinha referido neste blog, eles estão a fazer um programa de comédia muito bom. Fazem-me rir e sentir bem. Para mim, isto é serviço público!
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