A estação pública e o contra-ataque!
Estamos a viver um verdadeiro período de glória para as estações privadas em Portugal, que é o mesmo que dizer que estamos em estreia / pós-estreia de novos reality-shows que atraem muito público.
Falemos ainda da estreia da nova informação TVI, liderada por Judite de Sousa e José Alberto Carvalho, antigos responsáveis pela informação líder da RTP. Ficará a liderança da informação pública comprometida, agora que dois dos responsáveis pela mesma assumem o "barco" da estação de Queluz de Baixo? Resta-nos aguardar pelos resultados, mas segundo as "sondagens", que é como quem diz a opinião pública, poderá muito bem acontecer uma reviravolta nas audiências da informação da TVI, que, actualmente, apenas tem segura a liderança de domingo, com a opinião do professor Marcelo Rebelo de Sousa.
Mas mais do que a informação, a RTP lida agora com o contra-ataque às "privadas" com o novo programa do horário nobre de domingo, Último a Sair, um programa de sátira humorística que envolve toda uma inovadora produção.
Último a Sair é um programa de ficção que terá a duração de 13 semanas e o principal objectivo consiste em mostrar um lado sátiro-humorístico em torno dos reality-shows. A autoria é, obviamente, de Bruno Nogueira, humorista da RTP1, que desempenhará também um papel enquanto participante deste pseudo-reality-show.
Os participantes são todos conhecidos do público e são reconhecidos pelo nome próprio, ainda que seja o único traço real em torno do programa, já que tudo, refere a RTP, será uma ficção com uma vertente unicamente humorística. Dos vários participantes, destaca-se a participação de Luciana Abreu, que regressa assim ao pequeno-ecrã depois de ter saído da SIC.
Esta é a resposta da estação pública para combater Peso Pesado e Perdidos na Tribo da SIC e TVI, respectivamente. Último a Sair não é uma crítica directa aos conteúdos dos outros canais (ainda que seja esse o propósito) já que os formatos são completamente dissemelhantes, no entanto a aposta da RTP conta conseguir distrair a atenção dos programas de "peso" da concorrência, o que os responsáveis pela aprovação destes conteúdos para a estação pública não se lembram é que o objectivo de uma televisão pública é prestar um serviço público e não focar-se em concorrer com as estações privadas.
E agora posso estar muito enganado, mas neste momento estão as estações privadas a prestar um melhor serviço público do que a própria televisão do estado!
Ora vejamos: na estação de Carnaxide 20 participantes anónimos lutam por salvar a sua vida contra a Obesidade, doença que afecta grande parte da população portuguesa, ensinando as regras de uma alimentação mais saudável e incentivando à prática desportiva.
Pelos lados de Queluz de Baixo, os participantes são famosos, mas ainda assim, este programa consegue aliar o humor e entretenimento a uma vertente documental, cujo efeito é dar a conhecer novos povos e culturas.
Posso estar errado, mas não andará a RTP um bocado deslocada?
Fica a questão.
3 comentários:
Deslocada sim, mas apenas no dia exibição e apenas isso. Aos Domingos deviam apostar apenas em cinema.
acho que sima sátira humoristica apenas por simples entretenimento e favorecer a maldade e a ironia dos portugueses pela vida, na televisão publica, e um pouco imperdoavel.
Rir faz bem à alma, logo é serviço público. Denegrir o ser humano, tal como vão fazer os programas concorrentes do canal 1, é que é tudo menos serviço público.
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