Formaram a equipa da direcção de programas da TVI durante vários meses, no entanto, hoje nenhum deles está no mesmo posto. Se, por um lado, André Cerqueira voltou ao cargo que exercia na Plural Entretainment, a apresentadora mudou-se para a SIC. E essa mudança foi motivada, precisamente, pela saída do brasileiro do cargo de director de programas.
É em entrevista à TV 7 Dias desta semana que Júlia Pinheiro volta a falar sobre o adeus a Queluz de Baixo. Questionada sobre o momento em que tomou a decisão, a comunicadora explicou: “Foi pouco tempo depois da Casa dos Segredos arrancar. O meu papel na TVI estava ligado a um projecto. Com a saída do André, isso não se alterou, mas havia uma lógica do que estava definido como projecto, que a partir do momento em que ele saiu me fez reavaliar as coisas. Não é que eu tenha algo contra a actual Direcção da TVI, mas a saída do André, para mim, foi traumática. Gosto muito dele e trabalhei com ele muito bem”.
E foi por essa altura que, após sucessivas abordagens, Luís Marques conseguiu por a apresentadora a pensar: “O Doutor Marques, que é um homem perspicaz, percebeu que eu estava mais vulnerável. Há um ano e meio que me convidava todos os meses para vir para a SIC e tínhamos conversas divertidíssimas. Digamos que havia alturas em que achava graça à conversa, mas não ouvia, e a partir de determinada altura comecei a ouvir”. E quando foi que isso aconteceu?
“Foi a partir da saída do André que as coisas começaram a ter outro perfil. Pensei: ‘Porquê? Estou quase com 50 anos, porque é que não arrisco agora?’ Fui muito clara com o João Cotrim de Figueiredo. Mal a dúvida apareceu no meu espírito, ele soube-o. Tudo claro desde o primeiro minuto. E ele foi impecável: fez o que pôde para me dissuadir; valeu-se dos melhores argumentos para eu ficar, mas há uma altura em que pensamos: ‘O meu tempo agora é noutro sítio, já não é aqui, vou andando’”. E, para tomar esta decisão, Júlia Pinheiro contou com o apoio de três mulheres de confiança: “Houve duas ou três pessoas na TVI que acompanharam diariamente a minha expressão de dúvida – a Rita Carrelo, a Helena Forjaz e a Maria Vitória Pereira. Elas acompanharam muito de perto tudo, sobretudo a minha ansiedade”, confessou.
A terminar, lançou uma pequena provocação à TVI, admitindo, contudo que a estação “não descarrilou, mas está a perder competitividade. Isso faz parte do processo de quem é líder e tem problemas diferentes, mas é um problema que é deles e não quero fazer considerações”.
Quiosque: TV 7 Dias
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