Boa noite. Fechamos o último dia do mês de Março com a habitual crónica de Nuno Azinheira, retirada do Diário de Notícias.
A subida de Conceição
A gente habitua-se a olhar para Conceição Lino, ali, perdida no meio das tardes do entretenimento e forma uma ideia: é um erro de casting. Depois, não se volta mais a pensar na coisa e a ideia ficou formada na nossa cabeça. Às vezes, é verdadeira. Outras vezes, é injusta. E é por isso que é sempre bom parar para pensar. Para colocar as coisas em perspectiva. Para fazer um balanço, para pensar em novas ideias e soluções. E, no fim de contas, o resultado pode ser melhor. É o que aconteceu com Conceição Lino, que, é bom reconhecer, é tudo menos um erro de casting. Desde que o formato das tardes da SIC foi mexido (novo cenário, novos conteúdos, nova coordenação, a cargo de Nuno Graça Dias), há melhorias evidentes. As histórias são melhores, e a própria apresentadora, que sabe rir, contar peripécias e que tem essa rara capacidade que é saber ouvir os outros, está muito mais à vontade. O resultado final só podia ser um: depois de meses a navegar nos 15, 16, 17% de quota de mercado, Conceição Lino tem conseguido bem melhores resultados. Ainda na terça-feira alcançou a sua melhor média do ano, chegando aos 24,2% de quota de mercado, ficando à frente de Portugal no Coração, da RTP1, e batendo-se de igual para igual com A Tarde É Sua, de Fátima Lopes, na TVI.
Apesar da subida das duas últimas semanas, é cedo para tirar conclusões precipitadas. O caminho faz-se caminhando, e, apesar do horário ser menos complexo do que o de Júlia Pinheiro de manhã, Conceição Lino sabe que esta é uma corrida de longo curso. O percurso feito de Setembro até aqui já deu para perceber que é pedregoso, mas talvez as notícias da sua morte no day time, que abundaram nos últimos meses, fossem manifestamente exageradas.
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