1 de abril de 2011

Falar Televisão



6 meses de estágio

Estávamos em pleno Verão. E depois de semanas antes ter sofrido avassaladoras saídas com algumas caras emblemáticas a dizerem adeus à estação, a SIC renascia para a competição e apresentava com pujança as suas propostas para a reentre de Setembro. E a aposta em Conceição Lino para substituir o lugar deixado vago por Fátima Lopes nas tardes da estação apanhou todos de surpresa.

Até à estreia a expectativa foi crescente. Conceição garantia que tristezas não eram com ela, prometendo surpreender e mostrar uma faceta sua totalmente nova neste também novo desafio para si. O programa também prometia surpreender e trazer para o ecrã o que de melhor um talk-show pode oferecer. E foi no meio desta enorme expectativa que o Boa Tarde lá estreou. E qual não foi o espanto quando, em plena estreia, me deparei com um programa morto, sem graça, sem ritmo. Com uma Conceição Lino desajeitada, nervosa e presa. E com um conteúdo fraco e nada inovador.

Os resultados foram descendo a pique e, consequentemente, seis meses após da sua estreia, já com a mãozinha de Júlia Pinheiro na formatação de conteúdos, o Boa Tarde sofreu a sua primeira reformulação. E o mais irónico é que o programa que estava prometido desde o Verão de 2010 parece só ter acabado por estrear em Março de 2011, depois de uma espécie de seis meses de estágio.


Três semanas depois da reformulação, o Boa Tarde conseguiu seduzir-me a mim enquanto espectador. O novo cenário está muitíssimo bem conseguido, os conteúdos são melhor escolhidos e, principalmente, melhor alinhados. E Conceição Lino, essa, mudou radicalmente de atitude mostrando-se muito mais versátil e com graça.

O que vemos agora pode-se finalmente apelidar de talk-show. Tal não é verdade que, desde 14 de Março, o Boa Tarde conseguiu ressurgir do marasmo em que estava envolto e até já chega mesmo a liderar no seu horário!

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