Um lamentável erro de edição da RTP levou a que a promo de uma notícia sobre a indústria do golfe fosse ilustrada, durante um telejornal, com imagens de um Volkswagen Golf. Outro levara, dias antes, o Paris Saint-Germain a ser identificado, também num telejornal, com o símbolodo Marselha.
Erros destes acontecem todos os dias nas mais diversas estações, nacionais e internacionais.
Sim, é verdade: a RTP é um edifício demasiado grande e tentacular para não representar um mecanismo de concorrência desleal no mercado televisivo português. Mas nem por isso deixa de ser verdade também, e após tantas rescisões contratuais, que a redacção e os seus serviços de apoio estão depauperados, que há uma série de pessoas a trabalhar para além dos limites razoáveis e que, inevitavelmente, várias rotinas começam a correr mal.
Também com isto terá Nuno Santos de se preocupar. A RTP que reencontrará não é a mesma que abandonou aqui há uns anos.
Acontece que a segunda notícia era das quentes: o Governo estudava a hipótese de permitir ao golfe o recurso à taxa mínima de IVA - e, na altura do erro, havia já dois dias que as redes sociais andavam em polvorosa, juntando a indignação à ignorância.
O alcance do equívoco foi muito maior do que o equívoco justificava, no fundo. E também só por isso o primeiro equívoco ganhou a repercussão, inclusive a nível internacional, que no primeiro instante não tivera.
Pouco disto é mais do que um "facto fátuo" dos tempos da Internet. A não ser, claro, no sentido em que denuncia a pressa com que as coisas têm de ser feitas diariamente na RTP, o que por outro lado nos dá uma ideia da escassez de meios com que, hoje em dia, se trabalha na Gomes da Costa.
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