A série Maternidade é o melhor projecto de ficção feito pela RTP1 nos últimos anos. Exibida às 19.00 de domingo, relata a vida de uma unidade de obstetrícia de Lisboa que vive na iminência de fechar as portas.
O fantasma do desemprego, a realidade da saúde vista pelo primado dos números e o drama da vida e da morte num hospital são assuntos actuais e constituem o ponto de partida para esta obra de ficção, protagonizada pelos actores Lúcia Moniz e José Fidalgo.
Ainda há uma semana vos falava aqui das saudades que tenho de Médico de Família, dizendo que depois dela, em meados da década de 90, não tinha havido outra série capaz de tocar tanto a vida das pessoas.
Pois bem, pelos primeiros episódios já transmitidos, Maternidade pode preencher esse vazio. Lúcia Moniz e José Fidalgo estão muito bem, mas o elenco conta ainda com uma actriz superior como Custódia Gallego, um consistente Joaquim Horta, e, só para citar mais um exemplo, uma debutante Isabel Figueira, que, naturalmente, ainda precisa de mais treino, de mais terreno.
O guião é correcto e escorreito. É bem conseguido,é real, faz sentido. O que aos olhos do público torna a série algo de verosímil. Ainda neste domingo, dia em que foi para o ar o sexto episódio, Maternidade teve 850 mil espectadores e mais de 27% de quota do mercado, liderando as preferências dos telespectadores.
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